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Kim Jong-un reitera compromisso com desnuclearização de forma "progressiva"

31/05/2018 22h12

Seul, 1 jun (EFE).- O líder norte-coreano, Kim Jong-un, reiterou seu compromisso "consistente e imutável" para a desnuclearização da península da Coreia, e expressou seu desejo de que este processo seja realizado de forma "progressiva", informou nesta sexta-feira (data local) a agência estatal "KCNA".

Kim se pronunciou assim durante sua reunião de ontem em Pyongyang com o ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, segundo um comunicado da agência.

O marechal norte-coreano afirmou que o tema da desnuclearização deve ser resolvido por meio de "diálogo efetivo e negociações construtivas" com os Estados Unidos, e pediu esforços "para alcançar uma solução de acordo com os interesses de ambas partes através de um novo método e em uma nova era".

Durante seu encontro com Lavrov, Kim reafirmou seu compromisso para o abandono das armas nucleares na península da Coreia e expressou seu desejo de que tanto este processo como as relações entre Pyongyang e Washington "se resolvam de forma progressiva".

Por sua parte, o chanceler russo elogiou Kim pelos seus contatos com a Coreia do Sul e os Estados Unidos, ressaltou o apoio de Moscou ao seu compromisso com a desnuclearização e afirmou que a situação da península coreana entrou em uma "fase de estabilidade", segundo relatou a "KCNA".

O líder norte-coreano também destacou a necessidade de intensificar a relação entre a Coreia do Norte e a Rússia e de organizar uma cúpula "este ano" para comemorar o 70º aniversário dos laços bilaterais.

A visita de Lavrov a Pyongyang - a primeira de um ministro russo de Relações Exteriores ao fechado regime em nove anos - aconteceu no meio da intensa atividade diplomática para avançar nos preparativos da cúpula prevista para 12 de junho em Cingapura entre Kim e o presidente americano, Donald Trump.

Os meios de comunicação norte-coreanos repercutiram a visita de Lavrov depois que Moscou informou da mesma na véspera e revelou que Kim tinha elogiado a política do presidente russo, Vladimir Putin, "para resistir à hegemonia dos EUA".