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Partido governista diz que Rajoy não renunciará à presidência espanhola

Daniel Ochoa de Olza/AP
Imagem: Daniel Ochoa de Olza/AP

Em Madrid

31/05/2018 15h09

O presidente do Governo da Espanha, Mariano Rajoy, não renunciará ao cargo e se submeterá amanhã à votação de uma moção de censura apresentada contra ele pelo líder socialista Pedro Sánchez e que deve derrubá-lo, informou nesta quinta-feira a secretária-geral do Partido Popular (PP) e ministra da Defesa, María Dolores de Cospedal.

Sánchez será eleito previsivelmente nesta sexta-feira (31) para o lugar de Rajoy, já que tem votos suficientes para tirar o político conservador do poder.

Em entrevista coletiva no Congresso, Cospedal confirmou que Rajoy não renunciará, já que, segundo ela, isso "não garantiria ao PP continuar no governo" - o partido governista não tem apoios o bastante para superar Sánchez e nomear um novo presidente a partir de sua própria bancada.

Segundo a secretária-geral do PP, os rumores sobre uma suposta renúncia visam "esconder a vergonha dos que provocaram uma situação como a que será vivida na Espanha".

"Haverá um governo que não sabemos em que pactos se fundamenta nem qual é o seu programa", ressaltou.

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Cospedal também disse que um governo liderado por Sánchez "não responde ao interesse dos espanhóis", mas, "exclusivamente, a seus interesses pessoais e partidários", que são "exatamente o contrário do que a Espanha precisa neste momento".

A ministra reiterou que Rajoy enfrentou, como presidente do Governo, "os momentos mais duros da democracia, nos quais a Espanha atravessou uma grave crise econômica, e governou para todos os espanhóis, garantindo os serviços públicos e as aposentadorias e evitando que sofresse intervenção".

Há uma semana, o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE), do qual Sánchez é secretário-geral, apresentou no Congresso essa moção, que visa uma troca de governo. Hoje, na primeira parte do debate parlamentar sobre o tema, diversas bancadas anunciaram que apoiarão a proposta, que se ratificada em votação amanhã, o levará à chefia do Poder Executivo.