Governo espanhol quer exumar corpo do ditador Franco imediatamente
Madri, 29 jun (EFE).- O Governo da Espanha está "decidido" a exumar o corpo do ditador Francisco Franco de maneira "imediata" e com muito respeito à "dignidade humana", mas não decidiu ainda a fórmula jurídica, anunciou nesta sexta-feira a porta-voz do Executivo, Isabel Celaá.
Franco, que exerceu o poder na Espanha de 1939 até sua morte em 1975, está enterrado no chamado Vale dos Caídos, um dos símbolos da ditadura franquista, situado a 40 quilômetros de Madri.
Na entrevista coletiva depois da reunião do Executivo socialista, Isabel afirmou que esse monumento tem que ser um "memorial de paz e reconciliação" que atenda a todas as vítimas da guerra civil (1936-1939) de ambos os lados, "onde todo mundo possa se reconhecer, mas não pode ser o referencial dos restos mortais de um ditador".
Durante a ditadura, o Vale dos Caídos teve um grande significado ideológico ao ser o local de enterro de Franco e de José Antonio Primo de Rivera, fundador da Falange (partido de corte fascista dos anos 30).
Isabel insistiu que não pode marcar uma data para a transferência do corpo, já que "não há nenhum precedente", mas disse que será feita de maneira "muito correta", acreditando que será antes de agosto.
Perguntada pelas conversas com a família de Franco, afirmou que são privadas e que não ia revelá-las.
A porta-voz lembrou que a exumação do corpo do ditador é um mandato do Parlamento aprovado por maioria, a exceção do conservador Partido Popular (PP), e que o Governo "está decidido a cumpri-lo".
A via para transferir os restos mortais de Franco será, previsivelmente, uma reforma da Lei de Memória Histórica, aprovada pelo Governo do socialista José Luis Rodríguez Zapatero (2004-2011).
Franco (1892-1975) supervisionou pessoalmente o lugar e a construção do Vale dos Caídos, da qual participaram presos republicanos. O lugar conta com uma abadia beneditina, uma basílica e um enorme ossário onde estão os restos mortais de mais de 30 mil mortos republicanos e franquistas da guerra civil.
Franco, que exerceu o poder na Espanha de 1939 até sua morte em 1975, está enterrado no chamado Vale dos Caídos, um dos símbolos da ditadura franquista, situado a 40 quilômetros de Madri.
Na entrevista coletiva depois da reunião do Executivo socialista, Isabel afirmou que esse monumento tem que ser um "memorial de paz e reconciliação" que atenda a todas as vítimas da guerra civil (1936-1939) de ambos os lados, "onde todo mundo possa se reconhecer, mas não pode ser o referencial dos restos mortais de um ditador".
Durante a ditadura, o Vale dos Caídos teve um grande significado ideológico ao ser o local de enterro de Franco e de José Antonio Primo de Rivera, fundador da Falange (partido de corte fascista dos anos 30).
Isabel insistiu que não pode marcar uma data para a transferência do corpo, já que "não há nenhum precedente", mas disse que será feita de maneira "muito correta", acreditando que será antes de agosto.
Perguntada pelas conversas com a família de Franco, afirmou que são privadas e que não ia revelá-las.
A porta-voz lembrou que a exumação do corpo do ditador é um mandato do Parlamento aprovado por maioria, a exceção do conservador Partido Popular (PP), e que o Governo "está decidido a cumpri-lo".
A via para transferir os restos mortais de Franco será, previsivelmente, uma reforma da Lei de Memória Histórica, aprovada pelo Governo do socialista José Luis Rodríguez Zapatero (2004-2011).
Franco (1892-1975) supervisionou pessoalmente o lugar e a construção do Vale dos Caídos, da qual participaram presos republicanos. O lugar conta com uma abadia beneditina, uma basílica e um enorme ossário onde estão os restos mortais de mais de 30 mil mortos republicanos e franquistas da guerra civil.
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