Obrador aproveitará "arte do beisebol" para ganhar jogo político
Gustavo Borges.
Cidade do México, 4 jul (EFE).- Aos 64 anos, o presidente eleito do México, Andrés Manuel López Obrador, é um bom terceira base no beisebol e um amante do jogo, baseado em jogadas elegantes como as que deverá fazer para cumprir as promessas de campanha.
"Ainda gosto de rebater. Estou rebatendo muito bem", disse o próximo chefe do governo mexicano há poucas semanas em um dos debates da campanha eleitoral.
López Obrador recebeu 53% dos votos para presidente do México, com participação nas urnas de 62% do eleitorado de mais de 80 milhões de pessoas
Nascido no estado de Tabasco, em 1953, López Obrador pertence a uma época na qual o beisebol se caracterizava mais pela beleza do que pela força e as equipes exploravam a velocidade para conseguir corridas.
Como presidente, o político deverá ser preciso como os jogadores de agora, hábeis para se sacrificar a fim de ajudar seus companheiros, certeiros com jogadas de rebatida e corrida.
"Veremos a quarta transformação da vida pública do México", repetiu López Obrador, formado em Ciências Políticas, que concorreu nas eleições pelo Movimento Regeneração Nacional (Morena), partido que fundou em 2014.
Antes de começar a campanha, o político divulgou nas redes sociais sua participação em um treino de beisebol de uma equipe de Chiapas.
"Dá para ver que jogava antes, porque movimentava bem o taco, e na defesa fazia os movimentos corretos. Costumava utilizar em treinos como lançador o canhoto Alfredo Ortiz, ganhador de mais 250 jogos na Liga Mexicana", disse à Agência Efe o jornalista Juan Estrada, que jogou várias vezes com o político.
Como presidente do México a partir de 1º de dezembro, López Obrador deverá se manter atento aos desafios que o aguardam, para tentar adivinhar se os inimigos lançarão bolas retas ou com efeito.
Em uma campanha cheia de promessas, entre elas a de ser honesto e combater a corrupção, López Obrador prometeu aumentar a segurança, melhorar a economia, eliminar a discriminação e diminuir a pobreza. Mas pergunta é: como conseguirá tudo isso em um país com tantos conflitos e divisões?
"Expresso meu respeito aos que votaram em outros candidatos e partidos, convoco os mexicanos à reconciliação", disse o novo presidente em seu primeiro discurso em uma jogada na qual se distanciou do tom de seus simpatizantes rancorosos que chegaram a pedir àqueles que não votaram em Obrador para que deixem o país.
Por enquanto, o político jogador de beisebol tem nas mãos a ferramenta do jogo que, traduzido para a política, significa deixar de lado o ego em favor do grupo, tirar proveito da velocidade, ser romântico, mas não ingênuo, e, sobretudo, detectar as bolas venenosas lançadas pelos adversários e rebatê-las a tempo.
Cidade do México, 4 jul (EFE).- Aos 64 anos, o presidente eleito do México, Andrés Manuel López Obrador, é um bom terceira base no beisebol e um amante do jogo, baseado em jogadas elegantes como as que deverá fazer para cumprir as promessas de campanha.
"Ainda gosto de rebater. Estou rebatendo muito bem", disse o próximo chefe do governo mexicano há poucas semanas em um dos debates da campanha eleitoral.
López Obrador recebeu 53% dos votos para presidente do México, com participação nas urnas de 62% do eleitorado de mais de 80 milhões de pessoas
Nascido no estado de Tabasco, em 1953, López Obrador pertence a uma época na qual o beisebol se caracterizava mais pela beleza do que pela força e as equipes exploravam a velocidade para conseguir corridas.
Como presidente, o político deverá ser preciso como os jogadores de agora, hábeis para se sacrificar a fim de ajudar seus companheiros, certeiros com jogadas de rebatida e corrida.
"Veremos a quarta transformação da vida pública do México", repetiu López Obrador, formado em Ciências Políticas, que concorreu nas eleições pelo Movimento Regeneração Nacional (Morena), partido que fundou em 2014.
Antes de começar a campanha, o político divulgou nas redes sociais sua participação em um treino de beisebol de uma equipe de Chiapas.
"Dá para ver que jogava antes, porque movimentava bem o taco, e na defesa fazia os movimentos corretos. Costumava utilizar em treinos como lançador o canhoto Alfredo Ortiz, ganhador de mais 250 jogos na Liga Mexicana", disse à Agência Efe o jornalista Juan Estrada, que jogou várias vezes com o político.
Como presidente do México a partir de 1º de dezembro, López Obrador deverá se manter atento aos desafios que o aguardam, para tentar adivinhar se os inimigos lançarão bolas retas ou com efeito.
Em uma campanha cheia de promessas, entre elas a de ser honesto e combater a corrupção, López Obrador prometeu aumentar a segurança, melhorar a economia, eliminar a discriminação e diminuir a pobreza. Mas pergunta é: como conseguirá tudo isso em um país com tantos conflitos e divisões?
"Expresso meu respeito aos que votaram em outros candidatos e partidos, convoco os mexicanos à reconciliação", disse o novo presidente em seu primeiro discurso em uma jogada na qual se distanciou do tom de seus simpatizantes rancorosos que chegaram a pedir àqueles que não votaram em Obrador para que deixem o país.
Por enquanto, o político jogador de beisebol tem nas mãos a ferramenta do jogo que, traduzido para a política, significa deixar de lado o ego em favor do grupo, tirar proveito da velocidade, ser romântico, mas não ingênuo, e, sobretudo, detectar as bolas venenosas lançadas pelos adversários e rebatê-las a tempo.
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