Trump alerta a May que não haverá pacto comercial com atual plano do "Brexit"
Londres, 13 jul (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, advertiu nesta sexta-feira (data local) à primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, que "provavelmente" não obterá um acordo comercial com seu país se o seu plano do "Brexit" seguir adiante.
Em entrevista ao jornal britânico "The Sun", publicada durante sua primeira visita oficial ao Reino Unido, Trump afirmou que os planos de May para um "Brexit" suave acabariam com um possível acordo e isso significaria que os EUA manteriam relações comerciais com a União Europeia (UE), ao invés de com este país.
May defendeu um acordo de livre-comércio com os Estados Unidos em um jantar realizado na noite desta quinta-feira no palácio de Blenheim, com o qual recebeu Trump e sua esposa, Melania.
Depois que hoje o governo britânico enviou a Bruxelas o Livro Branco do "Brexit", que provocou a saída de dois dos seus principais ministros, Trump respaldou Boris Johnson, ex-titular de Relações Exteriores, que renunciou por entender que o Reino Unido ficaria submetido à UE se admitisse seus planos.
Trump acrescentou na entrevista que Johnson, a quem classificou como "amigo", seria um "grande primeiro-ministro" e acrescentou que tem "tudo o que se necessita" para sê-lo.
O acordo de Checkers, assinado na sexta-feira passada para obter um sistema de livre-comércio de bens com o bloco, significaria que se estaria "lidando com a União Europeia ao invés de tratar com o Reino Unido, razão pela qual provavelmente isso mataria um possível pacto", indicou.
Trump destacou que tinha dito a May como fazer um acordo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, mas "ela não esteve de acordo; não me escutou".
"Eu lhe disse como fazer. Depende dela tomar a decisão, mas quis ir por um caminho diferente", acrescentou.
O presidente americano também declarou que está "tomando medidas enérgicas" contra a UE porque "não trataram os Estados Unidos de maneira justa em relação ao comércio".
O governo do Reino Unido enviou hoje à UE o Livro Branco com seu plano de futura relação bilateral, que inclui um mercado comum de bens, cooperação em defesa e facilidades para a mobilidade dos cidadãos.
A resposta de Bruxelas será fundamental para determinar a evolução do governo de May, golpeado pelas renúncias por desacordos com a estratégia oficial de Johnson e do ministro para a saída da UE, David Davis, faces mais visíveis do "Brexit" mais radical.
O Livro Branco detalha o Marco Futuro, complementar ao Acordo de Retirada da UE que também está sendo negociado, e inclui propostas para uma associação económica, de segurança e em outras áreas mistas, bem como um marco "constitucional" para a governança e supervisão da futura relação.
Na área económica propõe a criação de "uma área de livre comércio para bens", com equivalência normativa e um "dispositivo facilitado de alfândegas", que faria que este país e o bloco europeu funcionassem como "um território alfandegário combinado".
Isto evitaria a imposição de controles fronteiriços, inclusive na fronteira com a Irlanda, uma exigência central de Bruxelas quando este país deixar o bloco em 29 de março de 2019.
Em entrevista ao jornal britânico "The Sun", publicada durante sua primeira visita oficial ao Reino Unido, Trump afirmou que os planos de May para um "Brexit" suave acabariam com um possível acordo e isso significaria que os EUA manteriam relações comerciais com a União Europeia (UE), ao invés de com este país.
May defendeu um acordo de livre-comércio com os Estados Unidos em um jantar realizado na noite desta quinta-feira no palácio de Blenheim, com o qual recebeu Trump e sua esposa, Melania.
Depois que hoje o governo britânico enviou a Bruxelas o Livro Branco do "Brexit", que provocou a saída de dois dos seus principais ministros, Trump respaldou Boris Johnson, ex-titular de Relações Exteriores, que renunciou por entender que o Reino Unido ficaria submetido à UE se admitisse seus planos.
Trump acrescentou na entrevista que Johnson, a quem classificou como "amigo", seria um "grande primeiro-ministro" e acrescentou que tem "tudo o que se necessita" para sê-lo.
O acordo de Checkers, assinado na sexta-feira passada para obter um sistema de livre-comércio de bens com o bloco, significaria que se estaria "lidando com a União Europeia ao invés de tratar com o Reino Unido, razão pela qual provavelmente isso mataria um possível pacto", indicou.
Trump destacou que tinha dito a May como fazer um acordo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, mas "ela não esteve de acordo; não me escutou".
"Eu lhe disse como fazer. Depende dela tomar a decisão, mas quis ir por um caminho diferente", acrescentou.
O presidente americano também declarou que está "tomando medidas enérgicas" contra a UE porque "não trataram os Estados Unidos de maneira justa em relação ao comércio".
O governo do Reino Unido enviou hoje à UE o Livro Branco com seu plano de futura relação bilateral, que inclui um mercado comum de bens, cooperação em defesa e facilidades para a mobilidade dos cidadãos.
A resposta de Bruxelas será fundamental para determinar a evolução do governo de May, golpeado pelas renúncias por desacordos com a estratégia oficial de Johnson e do ministro para a saída da UE, David Davis, faces mais visíveis do "Brexit" mais radical.
O Livro Branco detalha o Marco Futuro, complementar ao Acordo de Retirada da UE que também está sendo negociado, e inclui propostas para uma associação económica, de segurança e em outras áreas mistas, bem como um marco "constitucional" para a governança e supervisão da futura relação.
Na área económica propõe a criação de "uma área de livre comércio para bens", com equivalência normativa e um "dispositivo facilitado de alfândegas", que faria que este país e o bloco europeu funcionassem como "um território alfandegário combinado".
Isto evitaria a imposição de controles fronteiriços, inclusive na fronteira com a Irlanda, uma exigência central de Bruxelas quando este país deixar o bloco em 29 de março de 2019.
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