Colômbia notifica Unasul que deixará o bloco por crise da Venezuela
O presidente da Colômbia, Iván Duque, anunciou nesta segunda-feira (27) que notificou à União de Nações Sul-Americanas (Unasul) sua decisão de se retirar do bloco por considerar que o grupo não denunciou o tratamento brutal do governo da Venezuela em relação aos cidadãos do país.
"Quero informar os colombianos que no dia de hoje, o senhor chanceler da República enviou à Unasul a carta onde nós denunciamos o tratado constitutivo dessa entidade e em seis meses se tornará efetiva a saída da Colômbia dessa organização", afirmou Duque.
O novo presidente colombiano afirmou que o bloco, formado em evento no Brasil em 2008, foi criado para "fraturar o sistema interamericano" e "serviu aos propósitos de uma ditadura".
Duque criticou a Unasul por nunca ter denunciado os "atropelos" do governo de Nicolás Maduro e que o bloco não exerceu o dever de garantir que essas ações do regime chavista constituíssem a eliminação das liberdades dos cidadãos.
Por isso, o presidente da Colômbia disse considerar a instituição como "maior cúmplice" da Venezuela.
No último dia 10 de agosto, o chanceler colombiano, Carlos Holmes Trujillo, informou a decisão política do país se retirar do bloco, uma promessa que Duque fez durante a campanha presidencial.
"Seguiremos trabalhando no marco do multilateralismo regional e faremos isso apoiando a Carta Democrática Interamericana, assinada pela Colômbia, que defende a liberdade, o equilíbrio de poderes e, além disso, é fiadora de uma sociedade participativa e plural", afirmou Duque nesta segunda-feira.
A Unasul é formada por Bolívia, Brasil, Equador, Guiana, Paraguai, Suriname, Uruguai e Venezuela.
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