Chanceler russo ameaça líder da Ucrânia, mas diz que não declarará guerra contra o país
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, prometeu nesta segunda-feira que seu país "não fará guerra" com a Ucrânia e acrescentou que para Moscou são importantes as relações com o Estado ucraniano.
"Não faremos guerra com a Ucrânia, eu prometo", afirmou em entrevista com jornalistas e leitores do jornal "Komsomolskaia Pravda", trasmitida ao vivo em seu site.
Lavrov afirmou que a Rússia não combate "o regime ucraniano; o regime ucraniano combate os habitantes russófonos da Ucrânia", em alusão ao conflito armado no leste do país.
"Temos relações com o Estado ucraniano, que para nós é mais importante do que o regime que controla o poder", acrescentou, reiterando que não se pode "imaginar que a Rússia declare guerra à Ucrânia".
Ao mesmo tempo, Lavrov advertiu que a Rússia responderá com contundência a todas as "provocações ucranianas" na fronteira entre ambos os países.
"Temos informações (...) sobre que a linha de separação de forças (no leste da Ucrânia) os militares ucranianos concentraram 19 mil homens e uma grande quantidade de armamento pesado, pelo qual contam com ajuda de instrutores americanos e britânicos", disse.
Além disso, acrescentou Lavrov, a Rússia conta com dados que fazem crer que "nos dez últimos dias de dezembro (o presidente ucraniano Petro) Poroshenko planeja uma provocação na fronteira com a Rússia, na fronteira com a Crimeia".
"Receberá uma resposta que não esquecerá. É o nosso país, são as nossas fronteiras", advertiu.
O ministro de Relações Exteriores russo insistiu que a regulação do conflito no leste da Ucrânia, que segundo a ONU deixou mais de 10 mil mortos, passa pelo cumprimento dos acordos de paz de Minsk e o respeito dos direitos e interesses de sua população russófona.
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