Enviado dos EUA para a coalizão contra o EI renuncia, diz imprensa
Washington, 22 dez (EFE).- O enviado especial dos Estados Unidos para a coalizão contra o Estado Islâmico (EI), Brett McGurk, apresentou ontem o seu pedido de demissão em protesto pela decisão da Casa Branca de retirar as tropas americanas da Síria, informaram a rede de TV "CBS" e o jornal "The Washington Post" neste sábado.
McGurk pretendia deixar o cargo em fevereiro do ano que vem, mas ontem comunicou ao Departamento de Estado que desejava adiantar a sua saída, que acontecerá no próximo dia 31, de acordo com o "The Washington Post", que cita um funcionário da diplomacia americana.
Considerado o arquiteto da estratégia dos Estados Unidos contra o EI, McGurk trabalhou para os ex-presidentes George W. Bush, a quem assessorou sobre o Iraque e o Afeganistão, e para Barack Obama, que em 2015 o nomeou enviado especial para a coalizão contra o jihadismo.
A renúncia de McGurk ocorre depois da do general James Mattis da função de secretário de Defesa dos Estados Unidos, anunciada esta semana, e de o presidente americano, Donald Trump, proclamar a derrota do EI na Síria e anunciar a retirada dos 2 mil militares enviado ao país como parte da coalizão internacional.
De acordo com a "CBS", McGurk apresentou o pedido por conta de "desacordos fundamentais" com a decisão de Trump sobre a Síria que, na sua opinião, deixa os aliados dos Estados Unidos sozinhos na região.
No último dia 11, McGurk falou com jornalistas no Departamento de Estado e garantiu que os Estados Unidos pensavam em permanecer por um longo de tempo na Síria.
Segundo o governo americano, o Estado Islâmico só tem 1% do território que chegou a ter em 2014, quando proclamou um califado na Síria e no Iraque. EFE
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