Grupo de 16 países da OEA expressa apoio e pede proteção a Juan Guaidó
Washington, 24 jan (EFE).- Um grupo de 16 países do continente americano expressou nesta quinta-feira na Organização dos Estados Americanos (OEA) seu "pleno apoio" ao autoproclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, e pediu que se garanta sua segurança e a dos membros da Assembleia Nacional, de maioria opositora.
A declaração, uma fórmula pouca comprometedora e de grande tradição na OEA, foi respaldada por 16 dos 34 países que são membros ativos do organismo: Argentina, Bahamas, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, Estados Unidos, Honduras, Guatemala, Haiti, Panamá, Paraguai, Peru e República Dominicana.
"Exigimos que se garanta a segurança e a proteção do presidente em exercício, Juan Guaidó, e dos membros da Assembleia Nacional", leu a embaixadora da Argentina na OEA, Paula María Bertol.
Além disso, a declaração ratifica a "autoridade constitucional" da Assembleia Nacional, que iniciou o processo para assumir os poderes do Executivo ao considerar ilegítima a posse de Nicolás Maduro no último dia 10 de janeiro, como fruto de eleições questionadas pela maior parte da comunidade internacional.
Os 16 países apoiam "as ações adotadas para solicitar ajuda humanitária internacional, a libertação dos presos políticos, o congelamento dos ativos de funcionários do governo corrupto" e também respaldam as garantias que foram oferecidas a militares e civis que apoiem o Legislativo.
A própria Assembleia Nacional aprovou uma anistia para os militares, uma ação que procura o apoio do setor militar, fundamental para quem quer chegar e manter o poder na Venezuela.
A declaração contou com a imediata rejeição de uma das representantes de Maduro na OEA, Asbina Ixchel Marin Sevilla.
"O comunicado que se leu aqui não é uma declaração da OEA, é um simples panfleto. Não se pode enganar a opinião pública. É uma operação de propaganda que tenta justificar o golpe de Estado", afirmou a diplomata, que foi respaldada durante a sessão por Bolívia e Nicarágua. EFE
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