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EUA estudam opção de abrir corredor humanitário na Venezuela

29/01/2019 21h11

Washington, 29 jan (EFE).- Abrir um corredor humanitário está entre as opções estudadas pelos Estados Unidos para enfrentar a crise na Venezuela, diante da urgente "necessidade" de alimentos e remédios entre o povo venezuelano, disse nesta terça-feira o assessor da Casa Branca para América Latina, Mauricio Claver-Carone.

Em entrevista à Agência Efe, Claver-Carone confirmou que essa é uma das opções que o governo do presidente Donald Trump tem sobre a mesa, embora mostre "preocupações" a respeito, "já que existem os corredores de refugiados" e Washington não quer "exacerbar uma crise de migração".

"O presidente legítimo, Juan Guaidó, pediu ajuda humanitária; todos bem sabemos a urgente necessidade que existe para essa ajuda humanitária na Venezuela, e o que estamos buscando é buscar a melhor via pacífica na qual prestá-la", ressaltou.

A ideia de abrir um canal ou corredor humanitário foi respaldada pelo parlamento venezuelano, de maioria antichavista; pela comissão opositora que participou de um diálogo com o governo na República Dominicana no ano passado, e pelos 14 países que integram o Grupo de Lima em diferentes comunicados.

No entanto, o governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, considera que essa medida facilitaria uma invasão do país caribenho, ao permitir a entrada de forças militares estrangeiras.

Claver-Carone, que é assessor de Trump e diretor de temas latino-americanos no Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, evitou responder à pergunta de se seriam empregadas tropas para abrir tal corredor e se isso poderia abrir a porta a uma invasão.

"Há muitas opções sobre a mesa nesse sentido, estamos explorando todas", se limitou a dizer.

Em referência ao governo de Maduro, denunciou que "um grupo de 15 ou 20 pessoas estão tão apaixonadas pelo poder e pela corrupção que estão impedindo que um país com mais de 20 milhões de pessoas possa viver na prosperidade com todos os recursos que tem a Venezuela".

"Francamente, se esse grupo de 20 pessoas aceitasse esta transição pacífica, amanhã toda a ajuda humanitária que a Venezuela necessita estaria chegando às suas fronteiras e aos seus portos", destacou.

Na semana passada, o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, anunciou que seu governo "está pronto" para oferecer mais de US$ 20 milhões em assistência humanitária ao povo da Venezuela. EFE