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Poroshenko anuncia que será candidato à reeleição para presidência da Ucrânia

29/01/2019 13h34

Kiev, 29 jan (EFE).- O presidente da Ucrânia, Petro Poroshenko, anunciou nesta terça-feira que tentará a reeleição no pleito que será realizado no país no próximo dia 31 de março.

"Um sentido de profunda responsabilidade em relação ao país, meus contemporâneos, e às passas e futuras gerações, me obriga a tomar a decisão de concorrer de novo ao cargo de presidente da Ucrânia", disse Poroshenko durante um fórum realizado em Kiev.

Eleito em maio de 2014 após a revolução que derrubou o então presidente Viktor Yanukovich, Poroshenko defendeu a construção de um governo forte e próspero, capaz de garantir a ordem, o bem-estar e a segurança de todos os ucranianos.

Uma das propostas nesse sentido é a entrada na União Europeia (UE), algo que Poroshenko pretende fazer, se eleito, em 2024.

"Em 2024, apresentaremos o pedido de entrada na UE. E começaremos a completar o plano de ação relativo ao acesso à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Só assim poderemos garantir de forma definitiva e irreversível nossa independência e nossa segurança nacional", prometeu o atual presidente ucraniano.

Poroshenko criticou a Rússia por possuir "ambições imperiais", mas ressaltou que é preciso manter uma "paz fria" com o vizinho.

Os três pilares da campanha, segundo Poroshenko, serão "Exército, língua e fé". Por esse motivo, o atual presidente colocou como uma das prioridades a modernização militar nos próximos anos.

Apresentado como candidato independente, Poroshenko ocupa atualmente o segundo lugar das pesquisas de intenção de voto no país, com 10%, atrás da ex-primeira-ministra Yulia Timoshenko, que tem o apoio de 20% dos ucranianos. Apesar da vantagem, analistas indicam que haverá disputa de segundo turno, em 21 de abril.

Nas eleições de 2014, Poroshenko venceu Timoshenko.

A atual situação econômica e a persistente corrupção atrapalham as chances do atual presidente, que, no entanto, ganhou pontos nas pesquisas nos últimos meses graças ao incidente naval com a Rússia no Mar Negro e à criação de uma Igreja Ortodoxa Ucraniana.

Timoshenko também defende a entrada da Ucrânia na Otan para não "eternizar" a operação militar no leste do país, atualmente controlado por grupos separatistas pró-Rússia. EFE