"Começou a luta pela liberdade", diz Trump sobre protestos na Venezuela
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, elogiou nesta quarta-feira os "grandes protestos" realizados em "toda a Venezuela" contra o presidente Nicolás Maduro e os interpretou como o começo da "luta pela liberdade" no país.
"Grandes protestos hoje em toda a Venezuela contra Maduro. A luta pela liberdade começou!", escreveu Trump na sua conta oficial do Twitter.
Trump também lembrou que tinha falado horas antes com o líder da Assembleia Nacional venezuelana, Juan Guaidó, a quem os EUA reconhecem como presidente legítimo da Venezuela.
"Hoje falei com o presidente venezuelano interino Juan Guaidó para felicitar-lhe pela sua histórica chegada à presidência, e ressaltei o sólido apoio dos Estados Unidos à luta da Venezuela para recuperar sua democracia", indicou Trump.
Segundo um comunicado da porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, Guaidó agradeceu por telefone a Trump pelo "compromisso dos EUA com a liberdade e a prosperidade na Venezuela e na região, e ressaltou a importância dos grandes protestos em toda a Venezuela contra o antigo ditador Maduro".
Ambos "concordaram em manter comunicação regular para apoiar o regresso da Venezuela à estabilidade, e reconstruir a relação bilateral entre EUA e Venezuela", afirma a nota.
De acordo com Guaidó, nesta quarta-feira aconteceram mais de 5.000 protestos rápidos em toda a Venezuela "em rejeição à crise" que atravessa o país, e para reivindicar a "cessação da usurpação" que, segundo a oposição, Maduro faz da presidência.
Guaidó não ofereceu detalhes sobre a quantidade de pessoas que teriam participado nos protestos, mas a Agência Efe pôde constatar que no leste de Caracas, um território considerado bastião do antichavismo, as manifestações eram moderadas e a rotina seguia o seu curso.
Mas, no centro da capital, onde os bairros são mais pobres, várias centenas de pessoas se concentraram nos arredores do Hospital J.M. de los Ríos, que atende crianças e adolescentes, enquanto cantavam palavras de ordem contra Maduro e levantavam cartazes que denunciavam a "crise humanitária" que assola o país.
Guaidó se autoproclamou presidente em exercício da Venezuela no último dia 23 de janeiro, ao invocar dois artigos da Constituição venezuelana e considerar ilegítima a posse de Maduro em 10 de janeiro como fruto de eleições realizadas em maio e questionadas por parte da comunidade internacional. EFE
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