Topo

Trump reiter "completo apoio" a Guaidó em ligação telefônica

30/01/2019 13h44

Caracas, 30 jan (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou na quarta-feira em uma ligação telefônica seu "completo apoio" o deputado venezuelano Juan Guaidó como líder interino.

"Agradeço a ligação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que reiterou seu completo apoio ao nosso trabalho democrático, compromisso com a ajuda humanitária e reconhecimento de sua Administração à nossa presidência (encarregada)", escreveu Guaidó no Twitter.

Depois de Guaidó se autoproclamar presidente interino da Venezuela, vários países o0 reconheceram como tal, entre eles Estados Unidos, Canadá, Brasil e Colômbia.

Por sua vez, o chefe do Governo espanhol, Pedro Sánchez, pediu no sábado ao governante Nicolás Maduro a convocação de novas eleições em um prazo de oito dias antes de efetivar o reconhecimento da Espanha a Guaidó como presidente interino.

Além da Espanha, os Governos de França, Alemanha, Reino Unido e Portugal, se uniram ao ultimato de oito dias de prazo a Maduro para que convoque eleições na Venezuela e, caso contrário, reconhecerão Guaidó como presidente do país.

No entanto, Maduro reiterou na quarta-feira em entrevista à agência de notícias russa "RIA Novosti" sua rejeição ao "ultimato e chantagens" para que convoque eleições presidenciais, dado que defende a legitimidade do pleito realizado em maio.

Estas votações não foram reconhecidas pela oposição, que não participou, e também pela maior parte da comunidade internacional.

"Na Venezuela houve eleições presidenciais, houve um resultado e se o imperialismo quer novas eleições, que espere até 2025", afirmou Maduro, que disse que "seria muito bom" antecipar as eleições legislativas que devem ser realizadas em 2020.

O governante disse estar de acordo "com a antecipação, através de um decreto da Assembleia Nacional Constituinte", controlada pelo chavismo, das eleições da Assembleia Nacional, de grande maioria opositora.

Na sua opinião, isso poderia servir "como válvula de escape para a tensão que o golpe de Estado imperialista introduziu na Venezuela". EFE