Colômbia garante entrega segura da ajuda humanitária a venezuelanos
Bogotá, 21 fev (EFE).- O governo da Colômbia anunciou nesta quinta-feira que garantirá a segurança da entrega da ajuda humanitária para os venezuelanos e do show que será realizado amanhã em Cúcuta para mostrar ao mundo a situação pela qual a Venezuela atravessa.
A informação foi divulgada pelo ministro das Relações Exteriores colombiano, Carlos Holmes Trujillo, ao se referir ao Venezuela Aid Live, evento que contará com a participação de vários artistas convocados pelo multimilionário empresário britânico Richard Branson.
No sábado será feita a entrega de toneladas de alimentos e remédios a uma delegação que apoia o líder do Parlamento e se autoproclamou presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó.
"As autoridades de polícia e forças militares utilizaram todas as suas capacidades, todas, para garantir as condições de segurança em todos esses eventos", disse Trujillo em entrevista coletiva em Bogotá.
O chanceler acrescentrou que "há todos os meios logísticos, humanos e técnicos, e todos estão dispostos a garantir a segurança destes eventos", mas não detalhou o número de pessoas que participarão das atividades.
Trujillo lembrou que nesta sexta-feira estarão em Cúcuta os presidentes da Colômbia, Iván Duque; do Chile, Sebastián Piñera, e do Paraguai, Mario Abdo Benítez.
"Eles vão à fronteira para conhecer em primeira mão como está o processo de coleta de ajuda humanitária e para ter uma conversa a fim de analisar as medidas adicionais que serão tomadas dentro desse processo", explicou Trujillo.
A ajuda humanitária para a Venezuela entrará a partir do próximo sábado por diferentes passagens da fronteira com a cidade colombiana de Cúcuta, anunciou nesta quinta-feira a deputada venezuelana no exílio Gaby Arellano.
Cúcuta é ligada ao território venezuelano pela ponte internacional Simón Bolívar, que faz conexão com a cidade de San Antonio, no estado de Táchira.
A ponte Francisco de Paula Santander também une Cúcuta à cidade de Ureña, assim como a de Tienditas, concluída em 2016 e nunca colocada para funcionar - do lado colombiano está armazenada a ajuda humanitária para a Venezuela.
Uma quarta ponte na região, La Unión, tem uma estrutura menor entre Puerto Santander (Colômbia), vizinha a Cúcuta, e a venezuelana de Boca del Grita.
Trujillo ressaltou que a ajuda é um esforço multinacional no qual o papel da Colômbia foi buscá-la e armazená-la, "cumprindo a responsabilidade que assumiu".
"A Colômbia atenderá a solicitação do presidente Guaidó para retirar obstáculos existentes na ponte que possam impedir a entrega de ajuda humanitária. A Colômbia vai receber essa solicitação exclusivamente no que corresponder ao seu território", insistiu o chanceler colombiano.
Ao referir-se ao show Venezuela Aid Live, Trujillo lembrou que é organizado por empresários e um grupo de artistas, e "o que o governo nacional fará é dar apoio logístico.
"Essa é uma iniciativa cidadã de natureza regional e global que é aplaudida e valorizada pelo governo nacional", disse o chanceler.
Segundo os organizadores, espera-se que pelo menos 250 mil pessoas assistam ao concerto, que será realizado no lado colombiano da ponte Tienditas e cuja entrada será gratuita. EFE
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