Guaidó parte para a fronteira com a Colômbia para receber ajuda humanitária
Caracas, 21 fev (EFE).- O chefe da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, autoproclamado presidente do país, partiu nesta quinta-feira para o estado de Táchira, na fronteira com a Colômbia, para receber a ajuda internacional que está sendo armazenada na cidade de Cúcuta, apesar de o governo de Nicolás Maduro se negar a aceitá-la.
Um integrante da equipe de Guaidó confirmou que o líder da oposição está em um dos três ônibus que partiram na manhã de hoje de Caracas, acompanhado de um grupo de deputados críticos ao chavismo.
A mesma fonte disse à Agência Efe que a caravana já estava no estado de Aragua, no centro-norte do país, e que Guaidó comandará o grupo que deve chegar à fronteira com a Colômbia ainda hoje.
O Ministério Público da Venezuela abriu há dois dias uma investigação contra Guaidó. A Justiça congelou as contas do líder opositor e proibiu-o de deixar o país, uma tentativa de impedir que ele fosse até Cúcuta, onde já estão alguns deputados venezuelanos.
O deputado Simón Calzadilla já tinha antecipado que Guaidó lideraria a caravana com destino ao estado de Táchira.
"Tenham a plena segurança que, no domingo, centenas de milhares de venezuelanos estarão recebendo a merecida ajuda humanitária e ficaremos mais perto de levar nosso país adiante", disse Calzadilla.
Deputados opositores denunciaram que a comitiva foi parada por agentes da Guarda Nacional Bolivariana antes de deixar Caracas, mas vídeos gravados por eles não mostram Guaidó no veículo.
A oposição venezuelana, que não reconhece o novo mandato de Maduro, afirma que o país enfrenta uma "emergência humanitária complexa" e pediu ajuda da comunidade internacional.
Parte dessa ajuda está sendo armazenada em Cúcuta. Guaidó garantiu que os mantimentos entrarão no país no sábado, junto com uma grande mobilização de cidadãos venezuelanos.
Mas Maduro se nega a receber as doações, alega que a ajuda é pretexto para uma intervenção militar no país. Agora, para evitar a entrada da ajuda, determinou o fechamento da fronteira da Venezuela com o Brasil e avalia fazer o mesmo com a Colômbia. EFE
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