Em Itaipu, Bolsonaro discute energia e crime organizado com Abdo Benítez
Foz do Iguaçu, 26 fev (EFE).- O presidente Jair Bolsonaro se reuniu nesta terça-feira com o presidente do Paraguai, Mario Abdo Benítez, na hidrelétrica de Itaipu, para discutir o futuro da usina e a luta contra o crime organizado na fronteira.
Os termos para o compartilhamento da energia produzida em Itaipu, administrada pelos dois países, serão renegociados em 2023. Bolsonaro e Abdo Benítez tiveram um encontro a portas fechadas de cerca de 30 minutos, antes da cerimônia de posse do novo diretor da parte brasileira da usina, o general Joaquim Silva e Luna.
Em breve discurso, Bolsonaro exaltou os presidentes do período militar brasileiro (1964-1985) e o ditador paraguaio Alfredo Stroessner (1954-1989) por terem construído a usina.
"Quero relembrar aqueles que foram responsáveis por essa obra. Isso tudo, as primeiras tratativas, começaram ainda lá atrás no governo do marechal Castello Branco, o homem que foi eleito presidente do Brasil no dia 11 de abril de 1964", disse Bolsonaro, citando posteriormente os demais presidentes militares do Brasil.
Os dois países terão que renegociar o acordo sobre Itaipu e, em particular, o anexo C do documento para decidir o que fazer com os 50% da energia produzida que correspondem ao Paraguai. Atualmente, os excedentes são vendidos ao Brasil por preço de custo.
Abdo Benítez pediu a Bolsonaro para acelerar os passos prévios para renegociar o anexo C do acordo.
"Paraguaios e brasileiros têm pela frente um importante desafio: a revisão das bases financeiras e da prestação de serviços da entidade, cujo prazo de negociação é iminente", disse ele.
"É prioridade agilizar as consultas e estudos técnicos necessários para satisfazer as legítimas aspirações de ambos os países", completou o presidente paraguaio.
Esse foi o primeiro encontro entre os dois desde a posse de Bolsonaro. Abdo Benítez também virá ao Brasil em março para um novo encontro no Palácio do Planalto. EFE
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