Mais de 1,5 milhão de crianças precisam de ajuda após passagem do Idai
Nações Unidas, 27 mar (EFE).- Mais de 1,5 milhão de crianças precisam urgentemente de ajuda humanitária em Moçambique, Zimbábue e Malawi após a passagem do ciclone Idai.
Os números foram divulgados nesta quarta-feira pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), que pediu US$ 122 milhões para ajudar as crianças afetadas pelo desastre.
"A escala da devastação causada pelo ciclone Idai está ficando mais clara a cada dia", afirmou a diretora-executiva do Unicef, Henrietta Fore, em comunicado.
Fore alertou que milhões de vidas de crianças estão em jogo e que é preciso enviar de forma rápida uma resposta humanitária efetiva aos três países africanos destruídos pela passagem do Idai.
Os US$ 122 milhões solicitados pelo Unicef seriam usados para apoiar as ações do fundo na região durante os próximos nove meses.
A agência ressaltou a importância de atuar o mais rápido possível na região, já que há pouco tempo para prevenir surtos de doenças como a malária e a cólera, que atingem especialmente as crianças.
Além disso, o Unicef disse estar preocupado com o risco de violência e abuso contra mulheres e crianças nos refúgios temporários montados para receber os desabrigados, assim como com a situação das crianças que perderam suas famílias no ciclone.
Em Moçambique, o país mais afetado pela tragédia, a estimativa é que 1,85 milhão de pessoas, entre elas 1 milhão de crianças, precisam de apoio urgente. A ajuda precisará ser mantida durante algum tempo devido à destruição das plantações da região.
No Malawi, mais de 869 mil pessoas foram afetadas pelo desastre, sendo elas 443 mil crianças. Já no Zimbábue, segundo dados da Unicef, 270 mil pessoas acabaram atingidas de alguma forma pela passagem do ciclone Idai. Metade delas é criança.
Outras agências da ONU estão trabalhando na ajuda, entre elas a Agência para os Refugiados (Acnur), que levou a Maputo hoje o primeiro de três aviões com equipamentos de emergência - colchonetes, tendas e iluminação. Eles serão distribuídos entre 30 mil pessoas nos três países.
Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) está trabalhando para tratar doenças como diarreia e cólera. Além disso, uma equipe de especialistas irá a Moçambique para ajudar a prevenir surtos. EFE
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