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UE reitera que falta um "sim" de Londres após 8 "nãos" sobre o Brexit

28/03/2019 10h11

Bruxelas, 28 mar (EFE).- A Comissão Europeia, o órgão executivo da União Europeia (UE), reiterou nesta quinta-feira que falta um "sim" sobre a forma na qual o Reino Unido pretende avançar em seu processo de saída do bloco, depois que a Câmara dos Comuns rejeitou ontem oito opções alternativas sobre o Brexit.

"Contamos oito 'nãos' na noite passada, agora é preciso um 'sim' sobre como avançar", declarou o porta-voz-chefe da Comissão Europeia, Margaritis Schinas, durante a entrevista coletiva diária da instituição.

O porta-voz acrescentou que a Comissão tomou nota dos votos na Câmara dos Comuns, que "são parte de um processo político em andamento" no Reino Unido, que Bruxelas "respeita totalmente".

Diante da incerteza sobre se o acordo de saída será votado em Westminster esta semana, o porta-voz lembrou que os líderes dos países que seguirão na UE após o Brexit concederam um adiamento até 12 de abril se o pacto não for aprovado esta semana.

Nesse cenário, Londres deve indicar a Bruxelas antes desse dia como deseja proceder. Por outro lado, se ratificar o acordo esta semana, a extensão será até 22 de maio, para que o Reino Unido possa aprovar a legislação associada à sua saída ordenada.

Após o anúncio da primeira-ministra britânica, Theresa May, que está disposta a renunciar se o parlamento de Westminster apoiar o acordo com a União Europeia, Schinas afirmou que o presidente da Comissão, Jean-Claude Juncker, expressou em público em várias ocasiões "seu apoio e respeito" à governante "com quem trabalhou neste longo processo".

O Brexit segue em ponto morto depois que o parlamento britânico rejeitou na quarta-feira as oito vias alternativas que tinham sido propostas aos deputados para tentar desbloquear o processo de saída da União Europeia.

O acordo que a primeira-ministra defende também não tem maioria garantida se voltar a ser submetido à votação, apesar de a chefe de governo ter oferecido sua renúncia ao cargo em troca de apoio para tentar ganhar os votos dos eurocéticos de seu partido. EFE