Pesquisas indicam vitória da Eslováquia Progressista nas eleições europeias
Praga, 26 mai (EFE).- A coalizão Eslováquia Progressista (PS), defensora de uma maior integração da União Europeia, venceu as eleições para a Eurocâmara neste domingo, de acordo com pesquisas divulgadas após o fechamento das urnas no país.
Segundo levantamento realizado pela emissora "Markyza", o PS, fundado em 2017 e ainda sem presença do parlamento da Eslováquia, conquistou 20% dos votos no pleito de hoje, elegendo assim quatro dos 13 deputados que representarão o país no Parlamento Europeu.
A coalizão foi fundada por Zuzana Caputova, a advogada que em abril venceu as eleições presidenciais.
Pesquisas publicadas antes das eleições indicavam a vitória do Partido Social-Democrata (SMER). No entanto, no levantamento feito hoje, a legenda do primeiro-ministro Peter Pellegrini ficou com atrás do PS, 15,7% dos votos.
O PS já anunciou que integrará a Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa (ALDE) no Parlamento Europeu.
O resultado de hoje, assim como a vitória de Caputova nas eleições presidenciais, pode ser interpretada como uma reação dos eslovacos ao assassinato do jornalista Jan Kuciak em fevereiro de 2018, um crime que evidenciou as lacunas da democracia no país.
Outros quatro partidos devem obter representação na Eurocâmara, com destaques para o Partido Popular Nossa Eslováquia, contrário à UE, teve 12% dos votos, segundo a pesquisa, e o Movimento Democrata Cristão vem na quarta posição, com 9,6%.
Completam a lista o Liberdade e Solidariedade (SaS), também com 9,6%, e o conservador OLANO, com 5,2%.
Apesar de os resultados não serem oficiais, o presidente em fim de mandato do país, Andrej Kiska, os confirmou de forma indireta ao afirmar nas redes sociais que as pesquisas estão mostrando que os eslovacos querem uma mudança.
Kiska apoiou abertamente Caputova nas últimas eleições e seguirá no cargo até 15 de junho, quando a sucessora tomará posse.
O comparecimento às urnas dos eslovacos foi de 20%, de acordo com a pesquisa, sete pontos percentuais a mais do que nas eleições europeias de 2014. EFE
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