Trump destaca que Pyongyang não fez teste nuclear nos 2 últimos anos
Tóquio, 27 mai (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, destacou nesta segunda-feira que durante os dois últimos anos a Coreia do Norte "não fez testes nucleares nem de mísseis de longo alcance", e disse estar "muito contente" com o andamento do diálogo com o regime de Pyongyang.
Trump voltou a minimizar a importância dos últimos testes com mísseis balísticos feitos por Pyongyang, durante uma entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira em Tóquio junto com o primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, dentro da sua visita oficial ao Japão.
Trump também afirmou que "não tem nenhuma pressa" em desbloquear o processo de diálogo com o regime liderado por Kim Jong-un e destacou que foram conseguidas "muitas coisas boas" desde os contatos começaram.
Trump admitiu, apesar disso, que parte de sua equipe na Casa Branca acredita que os testes balísticos recentes norte-coreanos "podem ter sido uma violação" das resoluções da ONU, algo que ele "vê de forma diferente", segundo disse.
"Talvez (Kim Jong-un) o fez porque quer atenção, ou talvez não, quem sabe (...) A única coisa que importa é que não houve testes nucleares nem de mísseis balísticos de longo alcance", insistiu Trump.
O presidente americano disse estar confiante em que "algum dia" será fechado um acordo sobre a desnuclearização da península da Coreia e lembrou que até então vão continuar em vigor "sanções enormes" sobre o regime norte-coreano.
Segundo Trump, o objetivo último de Kim é "criar uma nação que seja muito forte economicamente", algo que o líder norte-coreano "sabe que não pode conseguir com armas nucleares".
O líder republicano classificou o ditador norte-coreano como "uma pessoa muito inteligente" e aproveitou uma pergunta de um jornalista para atacar o pré-candidato democrata para as eleições presidenciais de 2020, o ex-vice-presidente Joe Biden.
"Kim Jong-un fez uma declaração na qual dizia que Joe Biden é um indivíduo com um baixo coeficiente intelectual. Ele é provavelmente, segundo seus registros. Acho que estou de acordo com ele nisso", concluiu Trump. EFE
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