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EUA denunciam "manobra perigosa" de destroier russo em águas do Pacífico

Imagem fornecida pela marinha americana mostra o navio de guerra russo Vinogradov navegando próximo ao USS Chancellorsville - Marinha amricana/AFP
Imagem fornecida pela marinha americana mostra o navio de guerra russo Vinogradov navegando próximo ao USS Chancellorsville Imagem: Marinha amricana/AFP

Em Washington

07/06/2019 11h44

O Pentágono denunciou que uma embarcação da marinha de guerra da Rússia realizou hoje uma "manobra perigosa" que esteve a ponto de provocar uma colisão com um destróier da Marinha dos Estados Unidos, uma acusação que foi rechaçada por Moscou.

Um destróier russo da classe Udaloy I DD 572 realizou uma manobra que o colocou a menos de 30 metros do destróier USS Chancellorsville, segundo um comunicado divulgado nesta sexta-feira pela 7ª Frota americana, que opera em águas do oceano Pacífico.

"Esta ação arriscada forçou o USS Chancellorsvile a pôr seus motores a plena potência e a manobrar para evitar uma colisão. Consideramos as ações russas durante este incidente como perigosas e não profissionais", acrescenta a nota.

Esta denúncia americana se dá em um momento de crescente tensão entre Washington e Moscou, que refletiu em uma série de atritos entre as Forças Armadas dos dois países nos últimos meses.

Em maio, por exemplo, o Pentágono interceptou várias aeronaves militares russas que sobrevoavam a costa do Alasca, depois de já terem ultrapassado a zona de identificação para a defesa aérea (Adiz, na sigla em inglês).

A agência russa "Ria-Novosti", no entanto, deu uma versão diferente do ocorrido e afirmou que, quando ambos os navios navegavam em cursos paralelos, o USS Chancellorsville "repentinamente mudou de direção" e se posicionou a 50 metros do destróier Admiral Vinogradov.

Além disso, enquanto a versão americana afirma que o incidente ocorreu no Mar das Filipinas, o relatório russo diz que foi no mar da China Meridional.

Desde o ano passado, o Pentágono vem aumentando suas operações nesta região diante das pretensões soberanistas da China, país que, por sua vez, aumentou sua presença militar nas águas do mar da China Meridional.

Pequim, que se posicionou como um dos grandes aliados do Kremlin, reivindica sua soberania sobre a maior parte do mar da China Meridional, onde Brunei, China, Filipinas, Malásia, Taiwan e Vietnã reivindicam total ou parcialmente as ilhas Spratly, um arquipélago de cerca de 100 recifes e ilhotas, a maioria desabitadas, mas ricas em gás, petróleo e localizadas em uma importante área de pesca.