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Trump conversa com príncipe herdeiro saudita sobre tensão com Irã

O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman  - AFP
O príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman Imagem: AFP

21/06/2019 15h43

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, falou nesta sexta-feira por telefone com o príncipe herdeiro saudita, Mohammad bin Salman, sobre o aumento da tensão com o Irã, segundo a Casa Branca.

Os dois conversaram sobre "a ameaça representada pelo comportamento de escalada do regime iraniano", segundo destacou um breve comunicado da residência presidencial americana.

Além disso, Trump e Bin Salman abordaram "o papel crítico da Arábia Saudita para garantir a estabilidade no Oriente Médio e no mercado global do petróleo".

Trump confirmou hoje que nesta quinta-feira chegou a ordenar um ataque contra o Irã em represália pela destruição de um drone americano, mas que depois suspendeu a ordem para evitar vítimas.

O presidente americano disse que suas forças estavam prontas para atacar três pontos diferentes no Irã, o que teria provocado cerca de 150 mortos, mas considerou essa resposta desproporcional e a cancelou dez minutos antes de ser empreendida.

"Não tenho pressa, nossas forças militares estão restauradas e prontas para a ação, são de longe as melhores forças militares do mundo", completou o governante em mensagem no Twitter que deixa aberta a porta para uma ação de resposta pela destruição do drone.

Nas primeiras horas de ontem, o Irã abateu um avião não-tripulado dos EUA quando, segundo Teerã, entrou em seu espaço aéreo para tarefas de vigilância, embora o Pentágono garanta que o aparelho estava em missão de reconhecimento sobre águas internacionais.

A destruição do drone elevou ainda mais as tensões entre EUA e Irã, em uma relação que se deteriorou desde que Trump decidiu retirar seu país do acordo nuclear entre Teerã e várias potências estrangeiras.

Esta decisão veio acompanhada do reatamento das sanções contra a República Islâmica que estavam suspensas sob o pacto e que foram reforçadas em maio com o fim das isenções a outros países para a compra de petróleo iraniano.