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Maduro autoriza Forças Armadas a "responder" presidente colombiano

24.jun.2019 - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, participa de cerimônia que celebra o 198º aniversário da Batalha de Carabobo - Palácio de Miraflores/Reuters
24.jun.2019 - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, participa de cerimônia que celebra o 198º aniversário da Batalha de Carabobo Imagem: Palácio de Miraflores/Reuters

Em Caracas (Venezuela)

24/06/2019 13h16

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, autorizou nesta segunda-feira que as Forças Armadas do país deem uma resposta à "oligarquia" da Colômbia e ao presidente desse país, Iván Duque, um dos maiores críticos do líder chavista na região.

"Autorizo nossa Força Armada Nacional Bolivariana a responder de todos os espaços à oligarquia bogotana e a dizer-lhe na prática, na ação e com a palavra, que hoje está mais unida que nunca", disse Maduro durante um ato com militares em comemoração do 198º Aniversário da Batalha de Carabobo e do Dia do Exército.

"Eu autorizo nossa Força Armada a responder Iván Duque com toda a força e contundência moral que merece", acrescentou Maduro em Campo Carabobo, uma instalação militar no centro-norte da Venezuela, ao mesmo tempo em que chamou o colombiano de "bastardo oligarca" e "petulante do império".

As declarações de Maduro são uma resposta às declarações de Duque durante uma entrevista a um jornal espanhol que foi divulgada ontem e na qual o colombiano comenta que a solução para a urgente crise que atravessa a Venezuela passa pela divisão das forças armadas, que considerou já estarem "totalmente fraturadas".

A Venezuela atravessa a maior crise política da sua história moderna desde janeiro, quando Maduro assumiu um novo mandato cuja legitimidade não é reconhecida pela oposição e boa parte da comunidade internacional e, em resposta, o chefe do parlamento, Juan Guaidó, proclamou um governo interino respaldado por mais de 50 países.

Atualmente, a Colômbia acolhe 1,3 milhão de venezuelanos, além de mais de mil militares desse país - segundo números da oposição - que deram as costas a Maduro e reconhecem Guaidó como seu comandante-em-chefe.

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