Milionário Tom Steyer anuncia que tentará candidatura presidencial democrata

Washington, 9 jul (EFE).- O milionário Tom Steyer, que liderou uma campanha para promover um julgamento político contra o líder dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira que entrou na disputa pela candidatura do Partido Democrata à presidência do país para as eleições de 2020.

O anúncio de Steyer, feito através de um vídeo, ocorreu poucas horas depois de o representante democrata Eric Swalwell, da Califórnia, anunciar que deixaria a corrida presidencial pelo lado democrata, da qual participam cerca de 20 políticos.

"Os outros candidatos presidenciais democratas têm muitas e boas ideias que levarão nosso país para frente, mas não poderão cumprir com nenhuma até que ponhamos fim ao domínio que as grandes corporações têm sobre a nossa democracia", afirmou Steyer em comunicado.

"Como alguém de fora, fiz esforços desde baixo para enfrentar as grandes companhias e obtive resultados para as pessoas. Isso é algo que não é comum em Washington nestes tempos e é por isso que me apresento para o cargo de presidente", disse o milionário, que fez fortuna no mundo das finanças.

Desde o ano passado Steyer, que administra um fundo de especulação de alto risco, pagou anúncios na televisão e em outros meios de comunicação para promover um julgamento político no Congresso contra o presidente Trump.

E, da mesma forma que Trump fez quando anunciou em 2015 que participaria da corrida pela candidatura do Partido Republicano, Steyer se apresentou como um 'outsider' na política e incorruptível pelas grandes corporações graças à grande fortuna, metade da qual doará para caridade, conforme prometeu.

Segundo o Centro para Política Responsável, Steyer, de 62 anos, e sua esposa Kat Taylor, doaram mais de US$ 238 milhões a campanhas e grupos políticos, o que o coloca em segundo lugar entre os maiores contribuintes políticos, atrás apenas do magnata dos cassinos Sheldon Adelson e de sua esposa.

Em janeiro, Steyer viajou para Iowa, estado onde começarão as primárias, em fevereiro de 2020, o que alimentou as especulações sobre sua intenção de se juntar à disputa eleitoral.

Mas o milionário até agora tinha dito que não buscaria a candidatura democrata e focaria seus esforços em buscar um julgamento político contra Trump.

A disputa pela candidatura presidencial democrata teve na segunda-feira a primeira baixa quando Eric Swalwell anunciou que se retiraria.

Em entrevista coletiva na cidade de Dublin, na área da Baía de San Francisco (Califórnia), Swalwell pôs fim a uma campanha que durou exatamente três meses, após ter participado de um dos dois debates realizados entre os aspirantes democratas, no qual atacou o até agora favorito, o ex-vice-presidente Joe Biden, devido à sua avançada idade. EFE