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ONU condena silêncio internacional após 103 mortos em bombardeios na Síria

24.jul.2019 - Cadeira de rodas é vista próxima a destroços de um prédio bombardeado em Ariha, sul da província de Idlib, na Síria - Omar Haj Kadour/AFP
24.jul.2019 - Cadeira de rodas é vista próxima a destroços de um prédio bombardeado em Ariha, sul da província de Idlib, na Síria Imagem: Omar Haj Kadour/AFP

Em Genebra

26/07/2019 08h24

Um total de 103 pessoas, entre elas 26 crianças, morreram em bombardeios realizados pelo Exército da Síria e de seus aliados nos últimos dez dias em Idlib e Aleppo (noroeste do país), informou ontem as Nações Unidas, que além disso criticou o silêncio da comunidade internacional em relação a estes fatos.

"Estes ataques aéreos aconteceram em meio a uma aparente indiferença internacional", criticou em comunicado a alta comissária das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet.

A alta comissária advertiu também que apesar dos pedidos da ONU para que estes ataques não atinjam alvos civis "o Governo sírio e seus aliados continuaram atacando instalações médicas, colégios e outras infraestruturas como mercados e padarias".

A ex-presidente do Chile lembrou que os ataques contra civis são crimes de guerra e que portanto "aqueles que os realizam são criminalmente responsáveis por suas ações".

Bachelet lembrou que desde 2011 morreram "centenas de crianças, mulheres e homens, tantos que não é possível dar uma estimativa crível da quantidade, e que nos primeiros anos do conflito o mundo mostrava uma preocupação considerável, mas agora a resposta parece ser um encolhimento de ombros coletivo".

"Este é um fracasso da liderança por parte das nações mais poderosas do mundo, o que reflete em uma tragédia enorme", expressou a alta comissária para os Direitos Humanos da ONU.