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Sobe para 13 número de mortos no Chile em meio aos protestos

21.out.2019 - Manifestante mostra ferimento para militar em Valparaíso, no Chile - Javier Torres / AFP
21.out.2019 - Manifestante mostra ferimento para militar em Valparaíso, no Chile Imagem: Javier Torres / AFP

Em Santiago

22/10/2019 07h53

O número de mortos nos protestos que ocorrem em todo o Chile chegou a 13 nesta madrugada, após ser encontrado o corpo de um homem que morreu eletrocutado em meio ao saque a um supermercado no centro de Santiago.

Os Carabineiros (polícia militar chilena) confirmaram que encontraram o corpo no interior do estabelecimento. Os policiais chegaram ao local após uma chamada de emergência para interromperem o saque em pleno toque de recolher na capital.

O homem se escondeu dentro do supermercado quando percebeu a chegada dos policiais e entrou em um estoque, mas morreu devido à descarga elétrica de um refrigerador, segundo a imprensa local.

Antes da meia-noite, a Marinha confirmou outra morte, na cidade de Talcahuano, 500 quilômetros ao sul da capital. Uma pessoa foi atropelada por um caminhão da Marinha quando os soldados chegaram para intervir em outro saque e a multidão saiu correndo do local. Esta situação também ocorreu sob o toque de recolher.

Santiago e toda a Região Metropolitana, à qual pertence a capital, permaneceram pela terceira noite sob o toque de recolher, medida que na segunda-feira foi ampliada para a região de Valparaíso, a província de Concepción (sul), e as cidades de Antofagasta, La Serena e Coquimbo (norte); Rancagua e Talca (centro) e Valdívia (sul).

Grupos violentos radicalizaram um protesto contra o encarecimento da passagem de metrô - e posteriormente passou a criticar o aumento do custo de vida e a desigualdade social - e que resultou em manifestações com barricadas, incêndios e saques pelas ruas.

O presidente do Chile, Sebastián Piñera, disse que o país está em "guerra" contra os grupos violentos e mantém 11 regiões do Chile em estado de emergência.