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Missão da ONU chegará ao Chile na 2ª feira e permanecerá por 4 semanas

Policial chuta lata de gás lacrimogênio durante protestos em Santiago, no Chile - Edgard Garrido/Reuters
Policial chuta lata de gás lacrimogênio durante protestos em Santiago, no Chile Imagem: Edgard Garrido/Reuters

Em Genebra

25/10/2019 07h51

A missão da ONU que investigará possíveis violações aos direitos humanos durante os recentes protestos no Chile será formada por três especialistas, chegará a Santiago na próxima segunda-feira e trabalhará no país até o dia 22 de novembro, detalhou a ONU hoje.

O grupo de especialistas "tentará se reunir com membros do governo, representantes da sociedade civil, vítimas, instituições nacionais de direitos humanos e outros envolvidos para coletar informação em primeira mão", informou em entrevista coletiva Ravina Shamdasani, porta-voz do Escritório da ONU para os Direitos Humanos.

Shamdasani afirmou que a alta comissária do escritório, Michelle Bachelet, tomou a decisão de enviar esta missão após a solicitação de um grupo de parlamentares chilenos, mas ressaltou que o governo do Chile também enviou um convite formal.

A missão, cujos integrantes não foram revelados, visitará várias cidades chilenas que registraram incidentes de violência e trabalhará junto à sede regional do Escritório da ONU para os Direitos Humanos, situada em Santiago.

Os especialistas averiguarão os relatórios que a ONU recebeu sobre supostas violações das normativas internacionais sobre o uso da força por parte das forças de segurança, mas também denúncias de crimes cometidos por outros atores nos protestos.

Os distúrbios nos protestos do Chile, originados pelo aumento do preço do metrô de Santiago, já deixaram pelo menos 18 mortos, cerca de 500 feridos e 6 mil detidos entre barricadas, incêndios e saques pelas ruas do país.