Presidente de Belarus afirma que não houve vítimas da covid-19 em seu país
O presidente de Belarus, Aleksandr Lukashenko, insistiu nesta segunda-feira que em seu país "nenhuma pessoa" morreu em decorrência da Covid-19 e associou as mortes às "doenças crônicas" que já sofriam, embora a Organização Mundial da Saúde (OMS) tenha pedido ao governo para tomar mais medidas a nível nacional com o objetivo de conter a pandemia.
"As pessoas têm medo. Portanto, eu digo o seguinte: nenhuma pessoa morreu de coronavírus em nosso país. Nem uma única!", disse Lukashenko, durante reunião do governo, conforme relatado pela agência oficial "Belta".
Lukashenko, que se pronunciou desde o início contra aquilo a que chama "psicose" provocada pela pandemia, insistiu que os doentes morreram devido a "um conjunto de doenças crônicas".
"Foram os próprios especialistas da OMS que verificaram a situação. Trata-se de insuficiência cardíaca e respiratória. E a diabetes", enfatizou.
Segundo o Ministério da Saúde de Belarus, 29 pessoas morreram da Covid-19 no país e outras 2.919 foram infectadas.
No entanto, além de questionar os diagnósticos dos médicos que escrevem Covid-19 em seus relatórios, Lukashenko definiu o coronavírus como "a atmosfera na qual essas doenças crônicas se desenvolvem".
O presidente afirmou que em seu país encontraram "uma combinação de medicamentos para salvar as pessoas", por isso pediu aos doentes para "não desistirem".
Por sua vez, ele foi categoricamente contra o uso de máscaras no campo e também contra a compra a preços exorbitantes de equipamentos, sejam eles roupas ou respiradores, que podem ser produzidos no país.
A OMS, cuja delegação fez uma visita de inspeção ao país na semana passada, convidou Belarus a introduzir novas medidas para impedir a propagação do vírus, argumentando que o país está entrando em uma nova fase de propagação da pandemia em seu território.
Entre outras coisas, pediu que as autoridades aumentassem as medidas de isolamento e realizem um número maior de testes, e aos cidadãos que respeitem a distância de segurança para evitar o contágio.
A oposição critica Lukashenko por não levar o novo coronavírus a sério e alerta que a situação epidemiológica é muito mais séria do que os números oficiais indicam.
Eles acusam Lukashenko, no poder desde 1994, de priorizar a economia nacional e as eleições presidenciais, que devem ocorrer antes do final de agosto - ainda não há data oficial - e à qual ele se candidatará à reeleição.
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