Cuba registra recorde de casos de covid-19 pelo 5º dia consecutivo

Havana, 12 jan (EFE).- Cuba manteve nesta terça-feira a tendência de aumento de casos do novo coronavírus e registrou pelo quinto dia aumento de contágios, com 487 novas infecções nas últimas 24 horas - 44 importados -, chegando a um total de 15.494 casos desde março do ano passado.

O país soma atualmente 3.057 casos ativos, também o número mais elevado desde o início da pandemia, de acordo com o relatório diário do Ministério da Saúde Pública (Minsap).

O diretor de Epidemiologia do Minsap, Francisco Durán, explicou à imprensa estatal que 6.212 pacientes permanecem internados nos hospitais, que também inclui 3.057 casos ativos (incluindo oito em estado crítico e 17 graves), a outros 2.131 suspeitos e 1.024 em vigilância epidemiológica.

Duas pessoas morreram no dia anterior devido à doença, subindo para 155 o número de vítimas da Covid-19 em Cuba.

Desde meados de dezembro, o país vive uma terceira onda da doença, inicialmente atribuída a casos importados após a reabertura dos aeroportos, mas agora já se deslocou para contágios locais, muitos ainda ligados a contatos com viajantes.

Por províncias, os maiores registros do dia correspondem a Havana (172), seguido pelo oeste de Matanzas (59) e pelo leste de Santiago de Cuba (44).

As autoridades cubanas atribuem o surto atual, o pior até agora, ao descumprimento de medidas preventivas e protocolos de isolamento de visitantes estrangeiros, após a reabertura das fronteiras em meados de outubro.

A partir desta semana, o país vem exigindo um PCR negativo de todos os viajantes, ao qual é adicionado outro realizado na fronteira, e reduziu chegadas de voos de seis países vizinhos desde o primeiro dia do ano, o que diminuiu gradativamente o número de casos importados.

Esta terceira onda causou um retrocesso no desconfinamento em várias províncias, incluindo Havana, e o retorno de restrições e suspensões a uma série de atividades públicas, bem como novas limitações ao transporte público, entre outras medidas, embora as escolas permaneçam abertas. EFE