Topo

"Alguns países ouviram o alerta há 1 ano, outros, não", lamenta chefe da OMS

"Alguns países ouviram o alerta há 1 ano, outros, não", lamenta chefe da OMS - Reprodução/ OMS
"Alguns países ouviram o alerta há 1 ano, outros, não", lamenta chefe da OMS Imagem: Reprodução/ OMS

26/01/2021 18h33

Quase um ano após a Organização Mundial da Saúde ter declarado uma emergência internacional devido ao coronavírus Sars-CoV-2, causador da covid-19, o diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom, lamentou o fato de muitos países não terem dado ouvidos ao alarme, perdendo a oportunidade de evitar uma pandemia.

"Há um ano, disse que o mundo tinha a oportunidade de impedir a propagação deste novo vírus, e alguns ouviram, mas outros, não", comentou Tedros no encerramento do Comitê Executivo da OMS, que se reuniu durante nove dias para analisar a atual situação da pandemia e outras questões sanitárias.

O chefe da OMS declarou, no entanto, que agora as vacinas voltam a oferecer uma oportunidade "que não pode ser desaproveitada" para colocar a pandemia sob controle.

"Nesta semana, superaremos os 100 milhões de casos de covid-19, e mais de 2 milhões de pessoas já morreram por causa do vírus", lembrou Tedros, enfatizando que os países mais ricos já iniciaram as campanhas de vacinação, mas os mais vulneráveis continuam esperando.

"O mundo pode estar diante de uma catástrofe moral se não abordar o problema da equidade e da igualdade em relação às vacinas", comentou.

Tedros citou novos estudos segundo os quais o chamado "nacionalismo de vacinas" (quando alguns países acumulam doses e outros ficam sem) pode custar mais de US$ 9 trilhões à economia global, afetando também os países mais ricos.

Além disso, recordou que é preciso fazer todo o possível para vacinar todos os profissionais de saúde e idosos nos cem primeiros dias de 2021.

"Faltam 74 dias, não é muito, mas cada instante é importante", concluiu.