Argentina defende eficácia de vacina da Sinopharm e nega colapso de hospitais
A ministra da Saúde da Argentina, Carla Vizzotti, disse ontem que foram divulgadas informações "confusas" sobre a vacina da farmacêutica chinesa Sinopharm, que é aplicada no país.
Vizzotti disse que o imunizante tem eficácia de 80% contra a covid-19 e que o sistema de saúde argentino "não entrou em colapso", apesar do aumento acelerado dos casos da doença transmitida pelo novo coronavírus.
"Há duas vacinas que vêm da China, a da Sinovac (CoronaVac) e a da Sinopharm. As informações foram confusas, misturando a eficácia das duas", afirmou a ministra a jornalistas do lado de fora do Hospital Garrahan, em Buenos Aires, após o lançamento da campanha de vacinação contra a gripe.
Vizzotti ressaltou que a vacina que está sendo aplicada na Argentina - que recebeu 2 milhões de doses - é a da Sinopharm, "que tem uma eficácia semelhante à vacina da AstraZeneca e muitas outras que não têm objeções, que (a eficácia) é quase 80%".
A ministra se referiu à confusão gerada no país após o diretor dos Centros de Controle de Doenças da China, Gao Fu, afirmar, no último sábado, que os imunizantes chineses "não têm taxas de proteção muito altas" e que o gigante asiático está estudando aumentar as doses e o intervalo entre as doses.
Vizzotti lembrou que a Argentina decidiu adiar por três meses a aplicação da segunda dose a fim de vacinar mais pessoas, com o objetivo de fortalecer especialmente aquelas com mais de 70 anos de idade.
Mais leitos
A ministra também enfatizou que "o sistema de saúde não entrou em colapso" na Argentina. De acordo com os últimos dados oficiais, até segunda-feira o nível de ocupação dos leitos de UTI era de 60,3% em todo o país e de 67,9% em Buenos Aires e arredores.
Ela afirmou que está sendo observado um aumento acelerado dos casos de covid-19, o que tem um impacto no aumento da demanda espontânea, tanto em consultas e cuidados, quanto na hospitalização em clínicas e cuidados intensivos.
Porém, este aumento na demanda coincide com o fato de o sistema de saúde estar respondendo a patologias não relacionadas à covid-19 e cujo atendimento havia sido adiado devido à pandemia.
"Uma alta porcentagem de leitos de UTI não é de casos de covid", disse ela.
"Estamos trabalhando para reorganizar o sistema de saúde e continuar a expandir os leitos que ficaram sem uso, que não foram necessários durante a queda dos casos", acrescentou.
A Argentina contabilizou mais de 2,5 milhões de contágios e 57.957 mortes por covid-19 desde o início da pandemia.
O governo argentino vem aplicando novas restrições à circulação de pessoas desde a última sexta-feira, em resposta ao agravamento da situação sanitária, incluindo o fechamento antecipado de lojas e restaurantes.
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