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Argentina espera produzir 500 milhões de doses da Sputnik V em 2022

A fábrica que vai iniciar a produção em larga escala da vacina na Argentina tem capacidade para produzir entre quatro e cinco milhões de doses por mês - Adriana Toffetti/A7 Press/Estadão Conteúdo
A fábrica que vai iniciar a produção em larga escala da vacina na Argentina tem capacidade para produzir entre quatro e cinco milhões de doses por mês Imagem: Adriana Toffetti/A7 Press/Estadão Conteúdo

21/04/2021 21h39

Moscou, 21 abr (EFE).- A Argentina espera produzir 500 milhões de doses da vacina russa Sputnik V no próximo ano, afirmou Cecilia Nicolini, assessora do presidente Alberto Fernández, ao final da visita de uma delegação argentina à Rússia.

A fábrica que vai iniciar a produção em larga escala da vacina na Argentina "tem capacidade para produzir entre quatro e cinco milhões de doses por mês", explicou Cecilia Nicolini à imprensa, durante encontro na Embaixada argentina em Moscou.

Além disso, está sendo construída uma segunda instalação que ficará pronta no próximo ano e permitirá "ter uma capacidade máxima de 500 milhões de doses por ano".

Em um primeiro momento, o plano é produzir "pelo menos um milhão de doses, que serão aumentadas continuamente", explicou Nicolini.

Com o tempo, acrescentou, a Argentina pretende se tornar "um ponto de fornecimento da vacina para o restante da região".

Cecilia Nicolini confirmou hoje o início da produção da vacina russa pelo Laboratório Richmond, anunciada na véspera pelo Fundo Russo de Investimentos Diretos (FIDR), mas especificou que no momento trata-se apenas de um primeiro lote de 21 mil doses.

Uma amostra dessas doses já foi enviada à Rússia para que o Centro de Microbiologia e Epidemiologia Gamaleya, que produz a Sputnik V, possa analisar sua qualidade.

Ao mesmo tempo, o Laboratório Richmond "também vai desenvolver a mesma técnica de supervisão de qualidade para ter duplo controle" e poder no futuro realizar esses testes com os mesmos padrões que a Gamaleya, disse Nicolini.

O processo de revisão da vacina produzida na Argentina irá durar "entre duas ou três semanas" e, se o resultado for positivo, Buenos Aires começará a trabalhar para iniciar "uma produção em escala".

Nicolini lembrou que a Argentina foi o primeiro país da América Latina a registrar a Sputnik V e tornou-se o primeiro da região a iniciar sua produção em território nacional.

"É um marco muito importante e é um espaço de colaboração muito estreita que também cria uma oportunidade para aprofundar as relações entre dois países amigos", disse a assessora da presidência argentina.

Na última segunda-feira, a Argentina recebeu 800 mil doses da Sputnik V, totalizando 5,3 milhões.