Adolescentes a partir de 12 anos de idade começam a ser vacinados no Chile
Santiago, 22 jun (EFE).- O Chile, um dos países que mais vacina contra a covid-19 no mundo, iniciou nesta terça-feira o processo de imunização de adolescentes de 12 a 17 anos com o imunizante de Pfizer/BioNTech, juntando-se a outros países da região que fizeram o mesmo, como Uruguai e a República Dominicana.
"O objetivo é vacinar todos os adolescentes e, quando tivermos a vacina apropriada, inocular também crianças menores de 12 anos. Todos precisamos de proteção contra o coronavírus", disse o presidente Sebastián Piñera.
Na primeira fase, acrescentou o presidente, menores entre 12 e 17 anos em centros juvenis, centros de saúde mental e adolescentes com comorbidades poderão receber a vacina, e depois terá início a imunização em massa deste grupo.
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla em inglês) deu autorização em maio para a aplicação emergencial da vacina de duas doses de Pfizer/BioNTech, com tecnologia de RNA mensageiro, para jovens de 12 a 15 anos.
Até o momento, o Chile recebeu quase 22 milhões de doses de vacinas, sendo a CoronaVac a mais numerosa (18 milhões), seguida pela Pfizer, com mais de 5 milhões; AstraZeneca, com quase 900 mil, e CanSino, com 575 mil.
No total, mais de 9,3 milhões receberam as duas doses, o que equivale a 63% da população-alvo, e coloca o Chile como um dos países com maior percentual da população totalmente vacinada.
Apesar de ter implementado um dos processos de imunização mais bem-sucedidos contra a covid-19 no mundo, o país enfrentou uma onda de casos por várias semanas que elevou a ocupação de leitos das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) em 95% de sua capacidade.
"Ainda temos cerca de 2 milhões de pessoas que poderiam ter sido vacinadas e não o fizeram, e isso representa um risco para sua saúde e para de todos. A vacina é voluntária, mas todos temos uma obrigação moral", acrescentou Piñera.
Para evitar a propagação do vírus, foi decretada uma quarentena total para toda a cidade de Santiago há uma semana, o estado de alerta sanitário foi estendido até 30 de setembro e as fronteiras permanecem fechadas até julho.
Desde o início da pandemia em março de 2020, quase 1,5 milhão de pessoas contraíram a covid-19 no Chile, doença que deixou mais de 31.645 vítimas.
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