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Cuba se prepara para o furacão Elsa no pior momento da pandemia na ilha

Imagem de satélite do furacão Elsa no Caribe - NOAA/via REUTERS
Imagem de satélite do furacão Elsa no Caribe Imagem: NOAA/via REUTERS

02/07/2021 21h15

Cuba começou a se preparar para a possível passagem do furacão Elsa neste final de semana pelo leste da ilha, que nesta sexta-feira registrou um novo recorde de casos diários de covid-19, com 3.308 positivos.

O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, anunciou via Twitter que, diante da aproximação do primeiro furacão de 2021, seu governo instruiu os territórios do país a implementarem seus planos de desastre "com extremo cuidado devido à epidemia".

Em outra mensagem, pediu disciplina às pessoas para "não se arrependerem de mortes" devido ao impacto do furacão, que já tem ventos máximos constantes de 120 quilômetros por hora, segundo informou hoje o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC, em inglês).

A partir da noite de sábado e da madrugada de domingo, os efeitos da Elsa começarão a ser sentidos na região leste do país, com a previsão de chuvas significativas em diferentes locais, de acordo com o mais recente alerta da Defesa Civil cubana.

O alerta foi divulgado durante uma reunião na véspera do grupo governamental criado para fazer frente à pandemia, na qual o primeiro-ministro cubano, Manuel Marrero, pediu a atualização dos planos de evacuação da população devido à complexa situação epidemiológica.

No cone de trajetória do NHC, Elsa passará hoje perto ou sobre porções das Ilhas de Barlavento (na área norte das Pequenas Antilhas) ou ao sul das Ilhas de Leeward (na área sul) e então continuará pelo Caribe oriental.

No sábado, o furacão passará perto da costa sul de República Dominicana e Haiti, enquanto no domingo se aproximará da Jamaica e de partes do leste de Cuba.

Ainda de acordo com o NHC, o furacão aparecerá sobre a península da Flórida, nos EUA, nos primeiros dias da próxima semana.

Elsa pode inclusive atrapalhar os esforços de busca e resgate no prédio que desabou parcialmente em Miami-Dade no último dia 24 de junho, com um saldo ainda não definitivo de 18 mortos e 145 desaparecidos.

Além do vento, Elsa pode provocar tempestades e aumentar o nível do mar e das chuvas, intensificando o risco de enchentes e deslizamentos de terra.

A última vez que um grande furacão atingiu Cuba foi em 2017, quando Irma percorreu a costa norte da ilha de leste a oeste, deixando 10 mortos e perdas materiais avaliadas em US$ 13,185 bilhões, de acordo com dados oficiais.