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Estado Islâmico reivindica autoria de atentado contra mesquita no Afeganistão

O EI assumiu responsabilidade pela explosão em uma mesquita xiita na cidade de Kunduz, no Afeganistão - AFP
O EI assumiu responsabilidade pela explosão em uma mesquita xiita na cidade de Kunduz, no Afeganistão Imagem: AFP

08/10/2021 18h03Atualizada em 08/10/2021 18h17

Cairo, 8 out (EFE).- O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) reivindicou a responsabilidade pelo ataque a uma mesquita xiita que deixou pelo menos 80 mortos e cerca de 100 feridos no norte do Afeganistão, o segundo grande ataque dos jihadistas desde que o Talibã assumiu o controle de Cabul, em 15 de agosto.

Em um breve comunicado publicado em seus canais de propaganda pela Internet, o braço afegão do EI afirmou que o ataque suicida perpetrado por um de seus combatentes com um colete explosivo matou e feriu mais de 300 pessoas.

O grupo radical explicou que o homem-bomba detonou o colete dentro da mesquita em meio aos "renegados", como o EI chama os seguidores do ramo xiita do Islã.

Os jihadistas atacaram civis xiitas em outras ocasiões, tanto no Afeganistão quanto em outros países como o Iraque, onde costumam ser alvos do EI.

O ataque de hoje ocorreu durante o período de oração na sexta-feira, o mais importante da semana, em uma movimentada mesquita localizada na área de Sayed-Abad, em Kunduz, capital da província de mesmo nome.

"Uma forte explosão ocorreu na mesquita Sayed-Abad, na qual 80 pessoas da comunidade xiita que participavam das orações morreram e cerca de 100 ficaram feridas", afirmou Ghulam Rabani Rabani, um ex-membro do conselho da província de Kunduz, à Agência Efe.

Vídeos da mesquita após o ataque mostram dezenas de corpos cobertos de sangue com membros amputados caídos no chão, em meio a escombros e gritos de angústia de pessoas que corriam para ajudar.

Os talibãs confirmaram a explosão, mas até ao momento não forneceram dados oficiais das vítimas do atentado, o segundo com dezenas de mortos reivindicados pelo EI, após o ataque ao aeroporto de Cabul que, no dia 26 de Agosto, causou cerca de 170 mortes. EFE