Chanceler mexicano nega responsabilidade pela queda da linha 12 do metrô
Cidade do México, 19 out (EFE).- O ministro das Relações Exteriores do México, Marcelo Ebrard, negou nesta terça-feira qualquer responsabilidade pelo acidente na linha 12 do metrô da Cidade do México, construída quando ele governava a capital do país.
"Cumpri o meu dever naquela altura, fiz o que tinha de fazer", disse o chanceler, durante entrevista coletiva no Palácio Nacional.
Questionado se ele se sentia responsável pelo acidente ocorrido no dia 3 de maio, quando uma ponte elevada desabou e um vagão encalhou em forma de "v", deixando 26 mortos e 100 feridos, Ebrard negou qualquer culpa.
Ele explicou que os laudos periciais mostraram que a queda do metrô aconteceu porque alguns parafusos não foram colocados.
"Acredito que seja muito difícil para o chefe de governo supervisionar isso pessoalmente, por isso foi criado um organismo muito grande chamado Projeto Metrô que tinha autonomia técnica e financeira", disse o agora chanceler mexicano.
E ele reiterou que fez o que tinha que fazer como chefe de governo.
"Agi com profissionalismo e integridade", disse.
E destacou que os ex-funcionários acusados pela Procuradoria Geral da República da Cidade do México (FGJ-CDMX) agora terão que se defender, embora tenha anunciado que muitos deles já ganharam julgamentos no caso.
Ontem, a FGJ-CDMX apresentou as 10 primeiras queixas sobre o colapso da linha 12 do metrô.
Entre eles está um contra Enrique Horcasitas, ex-diretor do Projeto Metrô, que propôs a construção da linha.
Horcasitas atuou na gestão do atual chanceler Marcelo Ebrard, então governador da Cidade do México (2006-2012), e nos primeiros dois anos da gestão de Miguel Ángel Mancera (2012-2018), hoje senador da oposição.
As acusações são reveladas depois que a FGJ-CDMX apresentou, na última quinta-feira, o resultado de sua perícia, que garante que o acidente ocorreu devido a "deficiências" na construção e projeto que não puderam ser detectadas pela manutenção. EFE
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