Mercadante: Grupo de Puebla apoia proposta do México de taxar ricos
"O mundo pós-pandemia precisa de uma reconstrução mais generosa, com menos desigualdade e menos fome. Essa proposta já tem o apoio do presidente Alberto Fernández (da Argentina). Honduras vai aderir, a Bolívia vai aderir", disse o ex-ministro da Educação brasileiro Aloizio Mercadante em uma entrevista coletiva ao final da reunião do grupo, na Cidade do México.
Em novembro, López Obrador propôs à ONU a criação de um fundo de combate à pobreza por meio de um imposto voluntário de 4% das 1.000 pessoas mais ricas do mundo, outro para as 1.000 maiores empresas e um fundo de 0,2% do PIB dos países do G20.
Dadas as dificuldades de implementação de tal mecanismo, Mercadante afirmou que "para que esta proposta seja viável, ela deve primeiro ser divulgada a fim de aumentar a conscientização".
O ex-ministro também disse que "a América Latina é a região com a maior desigualdade do planeta" e apelou por uma "atitude de solidariedade" por parte daqueles que "ganham mais".
Mercadante disse estar convencido de que Luiz Inácio Lula da Silva ganhará as eleições presidenciais do próximo ano e que defenderá essa proposta, porque a luta contra a fome "faz parte de sua história de vida".
Sobre a crise na Venezuela, Mercadante fez um "apelo para retomar as negociações entre o governo e a oposição, patrocinadas pelo governo mexicano". O diálogo se rompeu após a extradição para os Estados Unidos do empresário colombiano Álex Saab, suposto testa de ferro do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, e que a delegação do governo chavista queria em sua equipe de negociação.
Fundado em 2019 na cidade mexicana de Puebla, esse grupo conta com 54 líderes progressistas da América Latina, do Caribe e da Espanha.
O encontro na capital mexicana contou com a presença da ex-presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente do governo da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, entre outros líderes. Já o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou de forma remota. EFE
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