EUA reativam polêmico programa de migração 'Fique no México'
O Departamento de Controle de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos (CBP) começou a implementar o polêmico programa "Fique no México" nesta segunda-feira no porto de entrada de El Paso, que separa a cidade americana da mexicana Ciudad Juárez.
O governo do presidente Joe Biden havia previsto na semana passada que, forçado por uma decisão judicial, começaria a implementar o programa nesta segunda-feira. A iniciativa obriga os requerentes de asilo a esperar em território mexicano para que seus casos sejam processados nos EUA.
Em nota oficial, o CBP declarou à emissora de televisão "KVIA" que haverá um limite diário de 30 requerentes de asilo que poderão se registrar no porto de entrada de El Paso para o Protocolo de Proteção ao Migrante (MPP), o nome oficial da política.
"O México exigiu várias melhorias humanitárias como condição para a aceitação de inscrições para o MPP. São melhorias que concordamos e faremos, começando com El Paso, onde a implementação do MPP começará hoje (segunda-feira)", afirmou o CBP que não forneceu detalhes sobre a logística de acesso nos portos de entrada dos EUA entre El Paso e Ciudad Juárez.
Quando o governo do ex-presidente Donald Trump iniciou o MPP, em 2019, o Conselho de População do Estado de Chihuahua e vários abrigos em Ciudad Juárez estavam encarregados de pré-selecionar os requerentes de asilo. Eles eram enviados através da fronteira quando o CBP lhes informasse que estava pronto para receber um certo número de pessoas. Agora, não está claro se essas organizações assumirão novamente o controle.
A aplicação do protocolo será progressivamente expandida e se tornará operacional em outros três pontos no Texas: Eagle Pass, Laredo e Brownsville. Os portos de San Diego e Calexico, na Califórnia, e de Nogales, no Arizona, também receberão migrantes sob essa política.
Em conformidade com a MPP, cerca de 70.000 requerentes de asilo na fronteira sul foram devolvidos ao México antes de que o procedimento fosse cancelado, em janeiro.
Um juiz federal decidiu a favor de dois estados conservadores que processaram o governo democrata, forçando-o a restabelecer o programa, embora o gabinete de Biden ainda esteja procurando uma fórmula para fechá-lo permanentemente.
A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, declarou nesta segunda-feira em entrevista coletiva que o MPP foi reintegrado com uma série de mudanças destinadas a "melhorar os componentes humanitários do programa".
A porta-voz ressaltou, no entanto, que o governo ainda sente que o programa é "ineficiente e desumano". "Não o reimplementamos com entusiasmo", admitiu.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.