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Casos de ômicron caem na América, mas número de mortes sobe, diz Opas

A ômicron já é a variante prevalente nos casos de covid-19 no Brasil - Getty Images
A ômicron já é a variante prevalente nos casos de covid-19 no Brasil Imagem: Getty Images

16/02/2022 18h59Atualizada em 16/02/2022 19h46

Washington, 16 fev (EFE).- Os contágios da variante ômicron do coronavírus caíram 31% na última semana, mas o número de mortes aumentou 5,6%, informou nesta quarta-feira a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

Em entrevista coletiva semanal, a diretora da Opas, Carissa Etienne, explicou que o continente registrou 3,3 milhões de novos casos e 34 mil mortes associadas à covid-19, chegando a seis semanas consecutivas com queda de contágios.

"Vimos que o aumento das infecções é seguido, três semanas depois, por aumentos das mortes. E neste momento estamos perdendo vidas demais", analisou a diretora.

A organização espera que a atual diminuição do número de novas infecções se traduza em uma diminuição do número de mortes no prazo de três a quatro semanas.

Etienne lamentou que muitas pessoas "relaxaram as suas precauções" diante da variante ômicron, que, segundo ela, é mais contagiosa do que as variantes anteriores e levou a um "maior número de casos".

"Agora estamos lidando com as consequências", comentou.

A diretora da entidade frisou que o Brasil registrou o seu maior aumento de mortes na última semana, e que as internações aumentaram 19% no Caribe. Por outro lado, disse que as vacinas contra o coronavírus demonstraram proteger contra "doenças graves e morte".

Etienne explicou que 14 países da região já imunizaram mais de 70% da população, a meta estabelecida pela Opas para o mês de junho, e pediu para que as pessoas não tenham "nenhuma dúvida" sobre a eficácia das vacinas.

O brasileiro Jarbas Barbosa, subdiretor da Opas, destacou que "é altamente recomendável" aplicar as doses de reforço, primeiro nos idosos e nas pessoas com doenças crônicas, e depois no resto da população.

Barbosa afirmou que ainda é "cedo" para concluir com certeza se será necessário ser vacinado todos os anos, como é o caso da gripe.

Em resposta às declarações do tenista sérvio Novak Djokovic, que disse estar disposto a sacrificar a participação em torneios em vez de se vacinar, o subdiretor respondeu que "é uma pena que uma pessoa com acesso à informação utilize este argumento", e ressaltou que as vacinas são eficazes e seguras.