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Usina de Zaporizhzhia opera violando normas de segurança, denuncia Ucrânia

Central nuclear de Zaporizhzhia vista de uma embarcação no rio Dnipro, na Ucrânia - STRINGER/REUTERS
Central nuclear de Zaporizhzhia vista de uma embarcação no rio Dnipro, na Ucrânia Imagem: STRINGER/REUTERS

Da Efe

29/08/2022 15h29Atualizada em 29/08/2022 15h56

A usina nuclear de Zaporizhzhia, na Ucrânia, a maior da Europa e que está sob o controle da Rússia, opera com o risco de violar as normas de segurança contra incêndios e radiação após o ataque das tropas de Moscou contra a cidade de Energodar.

Conforme informou nesta segunda-feira a empresa estatal Energoaton, através do Telegram, desde hoje pela manhã, a instalação funciona sem que sejam cumpridas todas as normas de segurança.

"Durante o último dia, o exército russo continuou disparando contra Energodar e a área onde está a usina nuclear de Zaporizhzhia", indicou a companhia ucraniana.

"Como resultado disso, dez moradores pacíficos de Energodar resultaram feridos de diversa consideração, sendo que quatro eram funcionários da usina nuclear", completou a Energoaton.

Duas unidades de energia da usina nuclear, que foram conectadas às redes locais na semana passada, após interrupção na ligação, estão produzindo eletricidade de maneira constante para as necessidades da Ucrânia, conforme indicou a empresa estatal pelo Telegram.

Ao mesmo tempo, devido à presença de militares russos nas instalações onde, segundo a companhia, estão armazenadas armas, equipamentos e explosivos, existem sérios riscos para a operação segunda da central de Zaporizhzhia.

Além disso, como resultado dos bombardeios constantes, "a infraestrutura da estação foi danificada, existem riscos de fuga de hidrogênio e de substâncias radioativas e uma alta possibilidade de incêndio", indica a Energoaton.

"Os funcionários ucranianos da estação continuam trabalhando heroicamente, fazendo todo o possível para garantir a segurança nuclear e radiológica, assim como para eliminar as consequências dos danos", completa a empresa.

Ainda de acordo com a Energoaton, as tropas russas, "se preparando para a chegada da missão da Agência Internacional de Energia Atômica (AEIA), aumentaram a pressão sobre os funcionários da usina nuclear, para evitar que sejam reveladas provas de seus crimes na central e de seu uso como base militar".

O governo da Ucrânia pediu à comunidade internacional que sejam tomadas medidas imediatas para obrigar à Rússia a liberar a central.

Enquanto isso, a cidade de Energodar, onde está a usina, se tornou o foco das preocupações, já que acontecem bombardeios em suas imediações, aos quais, se acusam mutuamente russos e ucranianos.