5 coisas que você precisa saber sobre a misoginia na internet brasileira
1. As mulheres são o principal alvo de discursos de ódio na internet, especialmente por grupos que questionam os supostos privilégios femininos na sociedade, o avanço do movimento feminista e disseminam notícias falsas sobre essa população.
2. Influenciadores "masculinistas" como Thiago Schutz (o "Calvo do Campari"), Rafael Aires e Júnior Masters espalham misoginia e monetizam esse conteúdo de diversas formas, como visualizações, doações, parcerias e venda de produtos, contribuindo para a normalização e o fortalecimento desse discurso.
3. O discurso hostil atinge diversas categorias de mulheres, entre elas mães solteiras, aquelas acima de 30 anos, feministas e mulheres com envolvimento político, sendo disseminado não apenas em canais populares do YouTube, mas também em grupos misóginos no Telegram.
4. O Telegram é uma plataforma importante para influenciadores comunicarem ideias sem restrições, facilitando a propagação de mensagens ainda mais violentas e conectando discursos extremistas.
5. Combate ao ódio online contra mulheres é foco de campanha do Ministério das Mulheres, lançada em outubro de 2023, chamada "Brasil Sem Misoginia". Para especialistas, é necessário investir em políticas públicas que conscientizem os homens sobre os efeitos nocivos do discurso misógino, popularizado pelo termo "red pill".
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