Troca de e-mails entre Americanas e instituições expõe estratégia de fraude

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* Troca de e-mails expõe estratégia de fraude nas Americanas. Documentos obtidos com exclusividade pelo UOL mostram que a fraude que provocou um rombo de R$ 40 bilhões nas Americanas era citada em relatórios e trocas de e-mails entre os bancos, a firma de auditoria KPMG e a própria empresa. As mensagens trocadas entre os bancos Itaú, Santander, ABC Brasil e as auditorias evidenciam que informações que revelavam a real saúde financeira das Americanas vinham sendo ocultadas, indicando fraude. Alguns documentos mostram que os bancos chegaram a enviar à consultoria, por engano, demonstrações contábeis que incluíam empréstimos escondidos. O Itaú afirma que "sempre prestou todas as informações nas respostas às cartas de circularização" e o Santander disse que "repudia veementemente qualquer insinuação contrária à lisura de sua relação com a Americanas". Outras instituições citadas não se pronunciaram. Leia a reportagem completa

* Caio Bonfim conquista prata histórica para o Brasil na marcha atlética. O maior nome da história do esporte no país chegou em segundo lugar da disputa da marcha 20km e, mesmo sofrendo duas punições, conseguiu brigar pelo pódio com um equatoriano e um espanhol. A medalha é a primeira olímpica de Caio e a primeira do Brasil na história do país na marcha atlética em Olimpíadas. Já havia expectativa por ela desde a Rio-2016, quando Caio vinha de um oitavo lugar no Mundial e terminou os Jogos na quarta posição. Em Tóquio ele foi 13º, mas competiu em uma situação atípica porque teve contato com uma pessoa com covid, precisou ser isolado e só foi liberado em cima da hora. Leia mais.

* Apoio a Maduro gera desconforto dentro do governo e municia oposição. Adversários de Lula já vinham explorando a proximidade dele com o chavismo, mas a divulgação da nota do PT, que classificou o pleito de democrático e soberano, e a fala de Lula sobre o processo eleitoral venezuelano ter sido 'normal' alimentaram críticas até mesmo entre aliados. Ministros e dirigentes de legendas aliadas fizeram críticas e chegaram a dizer que não há democracia na Venezuela, como foi o caso da ministra de Marina Silva. Carlos Siqueira, presidente do PSB, partido do vice Geraldo Alckmin, disse considerar o regime "uma ditadura". Auxiliares de Lula tentaram minimizar o conflito na noite de ontem, dizendo que a fala do presidente ocorreu de forma não planejada e foi mal colocada. Leia mais na Folha.

* Desemprego fecha 2º trimestre em 6,9%, menor taxa para o período em 10 anos. Dados do IBGE mostram que a taxa recuou a 6,9% no trimestre encerrado em junho. O percentual de desocupados com 14 anos ou mais no país está no menor nível desde 2014, quanto a taxa também foi de 6,9%. O patamar é ainda o menor de toda a série histórica da Pnad Contínua, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, coletada desde 2012, para o período. Segundo o levantamento, a população ocupada atingiu 101,8 milhões, maior valor já apurado pela série. Comércio, administração pública e atividades de informação e comunicação guiaram o resultado. Veja os números.

* BC mantém juros em 10,5% ao ano e fala em 'maior vigilância'. A decisão foi unânime, com alinhamento dos votos dos quatro diretores indicados pelo presidente Lula, incluindo Gabriel Galípolo, que é o favorito para assumir o comando do Banco Central em 2025. O Comitê de Política Monetária justificou a manutenção dos juros enfatizando a necessidade de "maior vigilância" devido ao cenário global incerto e o ambiente doméstico marcado pela elevação das projeções de inflação e pela piora das expectativas. No cenário de referência do Copom, as projeções de inflação para 2024 subiram de 4% para 4,2% e, para 2025, tiveram alta de 3,4% para 3,6%.

* Ramagem criou dossiê sobre caso Flávio um mês antes de ser indicado à PF. Um documento apreendido pela Polícia Federal indica que Alexandre Ramagem, que era diretor-geral da Abin, produziu um dossiê secreto para Bolsonaro com informações que dariam subsídio a ações para anular as investigações de "rachadinha" contra Flávio Bolsonaro. O dossiê foi intitulado "Bom dia Presidente" e era formado por afirmações sem provas de que Flávio foi levado para o centro do escândalo das "rachadinhas" em decorrência de acessos ilegais de seus dados fiscais por funcionários da Receita Federal. Quando a PF mostrou o documento a Ramagem durante as investigações da 'Abin paralela', ele disse que não se recordava do texto, mas que ele costumava escrever textos de fontes abertas para comunicação de fatos de possível interesse de Bolsonaro. Leia mais.

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