Enfermeiro descobre que homem que tentou salvar participou dos ataques em Paris
Em meio ao caos da explosão no café Comptoir Voltaire, em Paris, um dos vários alvos atingidos durante os ataques de 13 de novembro, o enfermeiro David procurou ajudar os feridos.
Entre as cadeiras e mesas reviradas estava um homem deitado que, segundo David --que pediu para ser identificado apenas pelo primeiro nome--, não parecia ter ferimentos graves, mas estava inconsciente. David, então, começou o processo de ressuscitação cardiopulmonar, para o qual havia sido treinado.
Porém, quando rasgou a camiseta do desconhecido, o enfermeiro percebeu que o que ele pensava ser uma explosão causada por gás no café perto da casa de shows Bataclan, onde um atirador matou 89 pessoas, era na verdade algo pior.
"Havia fios: um branco, um preto, um vermelho e um laranja. Quatro cores diferentes", disse ele à Reuters. "Soube, então, que ele era um homem-bomba."
O homem que David tentou ressuscitar era Brahim Abdeslam, um dos envolvidos na série de ataques que mataram 130 pessoas em bares, restaurantes, um estádio de futebol e uma casa de shows na França. Ninguém, além de Abdeslam, morreu no café.
Em um vídeo amador obtido pela Reuters, dois homens podem ser vistos na parte externa do café tentando ressuscitar um homem que está deitado no chão. Um deles acredita-se ser David, o outro ainda é desconhecido.
Perto deles, outra pessoa está ferida no chão em meio a respingos de sangue.
"O primeiro fio que vi era vermelho. Acho que foi o detonador", disse David. "Havia algo no final."
Assim que percebeu que a pessoa que estava tentando salvar tinha acabado de tentar matá-lo, David disse que os bombeiros chegaram, entre os quais estava um colega para o qual contou o que acabara de ver. "Ele olhou para mim e começou a gritar para que todos evacuassem", disse.
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