FBI revisará mais emails relacionadas a uso de servidor pessoal de Hillary
Por Susan Heavey e Jonathan Allen
WASHINGTON/NOVA YORK (Reuters) - O FBI informou nesta sexta-feira que vai investigar emails adicionais que surgiram relacionados com o uso de um servidor de email pessoal da candidata democrata Hillary Clinton, em um novo ingrediente para a campanha presidencial dos Estados Unidos, a 11 dias da eleição.
Em uma carta a deputados presidentes de comissões na Câmara dos Deputados, o diretor do FBI, James Comey, disse que a agência vai determinar se os emails contêm informações sigilosas, acrescentando que não está claro o quão significativo o novo material pode ser.
Comey afirmou que "não pode prever quanto tempo vai levar para nós concluirmos este trabalho adicional".
O anúncio abalou a campanha para a eleição de 8 de novembro, na qual Hillary é a candidata favorita nas pesquisas de opinião.
O FBI passou cerca de um ano investigando o uso de um servidor de email pessoal não autorizado de Hillary durante o trabalho dela como secretária de Estado dos EUA, entre 2009 e 2013, depois que surgiram relatos de que havia segredos do governo em alguns de seus emails.
Em julho, o FBI classificou o uso por parte de Hillary de informações sigilosas via email como "extremamente descuidado", mas, após uma investigação de meses, recomendou que não havia nenhuma acusação criminal a ser feita.
Comey não forneceu mais detalhes nesta sexta-feira sobre a natureza dos emails adicionais a serem analisados agora.
"Em conexão com um caso não relacionado, o FBI tomou conhecimento da existência de emails que parecem ser pertinentes para a investigação", escreveu Comey na carta divulgada nesta sexta.
Ele disse que o FBI "ainda não pode avaliar se este material pode ser significativo".
Porta-vozes de Hillary não responderam imediatamente a um pedido de comentário. Ela já havia se desculpado por ter usado o servidor, em sua casa em Chappaqua, Nova York, afirmando que foi um erro, e que ela não havia enviado ou recebido informações sigilosas conscientemente.
A notícia de sexta-feira foi aproveitada por Donald Trump, o rival republicano de Hillary à Presidência, que tem procurado repetidamente citar as práticas de Hillary sobre o email para desqualificá-la para o cargo.
"Tenho grande respeito pelo fato de que o FBI e o Departamento de Justiça estão agora dispostos a ter a coragem de corrigir o erro horrível que eles cometeram", disse Trump em um comício de campanha em Manchester, New Hampshire.
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