Replays de vídeo não pretendem acabar com todos os erros de arbitragem
Por Brian Homewood
ZURIQUE (Reuters) - Dunga ainda poderia ser o técnico da seleção brasileira se a tecnologia de replay já tivesse sido usava na Copa América em junho.
O gol que deu a vitória de 1 x 0 ao Peru sobre o Brasil e eliminou a seleção é um exemplo claro de situação em que a tecnologia poderia ter evitado um erro grosseiro, de acordo com o ex-árbitro internacional David Elleray.
Em um replay do lance, Elleray apontou que foi claro que Raul Ruidiaz controlou o cruzamento de Andy Polo com a mão antes de chutar a bola na rede. Mas as autoridades da partida não viram a infração, apesar de uma consulta de quatro minutos e mesmo que o árbitro tenha percebido algo errado, disse Elleray, diretor técnico do órgão responsável sobre as regras no futebol, o International Football Association Board (IFAB).
Em março, o IFAB aprovou um teste de dois anos de um sistema em que o chamado Assistente de Arbitragem em Vídeo (VAR, na sigla em inglês), que dá acesso a replays, ajuda os árbitros a revisarem decisões essenciais.
Elleray enfatizou que a tecnologia não deverá ser usada para toda decisão conflituosa.
"Isto não é sobre ter 100 por cento das decisões certas porque isso transformaria o futebol em futebol americano, começa e para, começa e para", ele disse à Reuters em um workshop do IFAB.
"Ele não é projetado para acabar com os erros de arbitragem, mas sim para lidar com aqueles que podem definitivamente alterar o resultado da partida e o futebol precisa perceber isso", completou.
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