Dólar volta a cair ante o real em dia de baixo volume
Por Claudia Violante
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar fechou a segunda-feira com leve baixa ante o real, dia marcado por baixa liquidez por conta do fechamento dos mercados norte-americanos devido ao feriado do Dia dos Presidentes.
O dólar recuou 0,14 por cento, a 3,0886 reais na venda, depois de ter subido nos dois pregões anteriores e acumulado alta de 0,84 por cento. O dólar futuro exibia baixa de cerca de 0,45 por cento no final da tarde.
Na mínima do dia, a moeda norte-americana marcou 3,0833 reais e, na máxima, 3,1070 reais.
"Nada mudou na trajetória (do dólar), que segue de baixa mesmo estando perto de 3 reais", afirmou o profissional da mesa de câmbio de uma corretora nacional.
A moeda norte-americana foi ao nível intradia de 3,03 reais na semana passada, atraindo compradores que a fez fechar com altas nos dois pregões passados. No entanto, segundo operadores, o movimento do dólar seguia de queda, diante da expectativa de ingresso de recursos externos no país após recentes captações de empresas.
O Banco Central fez mais um leilão e vendeu a oferta total de até 6 mil swaps tradicionais --equivalentes à venda futura de dólares-- para rolar o volume que vence em março. Desta forma, o BC continuou indicando que fará apenas rolagem parcial desse vencimento, faltando 5,454 bilhões de dólares do total.
No exterior, o dólar tinha leves variações frente a uma cesta de moedas enquanto que o euro recuperava algum terreno contra o dólar depois de negociações no fim de semana destinadas a encontrar um candidato de consenso da esquerda para as eleições presidenciais na França mostrarem pouco sinal de progresso.
"Nos próximos dias, um dos destaques é a ata do Fed, que pode ajudar a identificar o comportamento das taxas de juros nos Estados Unidos", lembrou o sócio da Omnix Corretora, Vanderlei Muniz.
Na próxima quarta-feira, será divulgada a ata do último encontro de política monetária do Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos. Juros maiores no país tendem a atrair para lá recursos aplicados em outras praças, como a brasileira.
No início deste mês, o Fed manteve suas taxas de juros, na primeira reunião desde que Donald Trump assumiu a Presidência dos Estados Unidos, mas projetou cenário relativamente positivo da economia, sugerindo que estava no caminho para apertar a política monetária neste ano.
Na semana passada, em depoimento no Congresso, a chair do Fed, Janet Yellen, disse que seria "insensato" esperar muito para aumentar os juros no país.
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