Polícia francesa leva assessores de Le Pen para interrogatório
PARIS (Reuters) - A polícia francesa colocou o guarda-costas e a chefe de gabinete da candidata presidencial de extrema-direita Marine Le Pen sob custódia nesta quarta-feira para interrogá-los a respeito de uma suposta malversação de fundos da União Europeia para pagar assistentes parlamentares, disse o advogado de Le Pen.
Le Pen repudiou o lance mais recente de um caso de má conduta financeira que a colocou sob os holofotes, assim como outro presidenciável de destaque, François Fillon, político de direita que está sendo investigado devido a fundos públicos com os quais teria remunerado a esposa e os filhos.
Temerosa de que sua imagem e sua dianteira nas pesquisas de intenção de voto possam ser atingidas, Le Pen disse nesta quarta-feira que está convencida de que os eleitores não irão se deixar levar pelo que seu advogado, Marcel Ceccaldi, chamou de "manipulação" concebida para desestabilizá-la.
"Os franceses sabem a diferença entre escândalos genuínos e truques políticos sujos", afirmou Le Pen, que anteriormente já havia negado qualquer irregularidade no caso, a repórteres.
Os dois detidos para interrogatório são seu guarda-costas, Thierry Legier, e sua chefe de gabinete, Catherine Griset, figuras centrais na investigação iniciada em reação a exigências do Parlamento Europeu de que Le Pen devolva dinheiro com o qual foi acusada de pagar ambos indevidamente.
Le Pen vem aparecendo de maneira consistente nas pesquisas de opinião como favorita ao primeiro turno de 23 de abril, mas também se prevê que irá perder o segundo turno de 7 de maio --seja para Fillon ou para o independente centrista Emmanuel Macron.
As detenções desta quarta-feira ocorreram após uma operação policial realizada na segunda-feira na sede do partido de Le Pen, a Frente Nacional, no extremo oeste de Paris, enquanto ela estava no exterior.
A intenção de voto em Fillon caiu após o escândalo envolvendo seu nome veio à tona em janeiro, mas desde então seus números se estabilizaram e ele está mais numa disputa acirrada com Macron pela segunda vaga para o segundo turno da eleição.
(Por Gerard Bon)
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