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Coreia do Norte diz que ataque "superpoderoso" iria reduzir EUA a cinzas

15.abr.2017 - Mísseis exibidos durante desfile militar para marcar o 105º aniversário do nascimento de Kim Il-sung, em Pyongyang - Ed Jones/ AFP
15.abr.2017 - Mísseis exibidos durante desfile militar para marcar o 105º aniversário do nascimento de Kim Il-sung, em Pyongyang Imagem: Ed Jones/ AFP

Ju-min Park

Em Seul

20/04/2017 08h31

A mídia estatal da Coreia do Norte alertou os Estados Unidos para um "ataque preventivo superpoderoso" depois que o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, disse que os EUA estudam maneiras de obter resultados da pressão sobre Pyongyang em reação ao programa nuclear norte-coreano.

O presidente dos EUA, Donald Trump, endureceu a postura diante do líder norte-coreano, Kim Jong-un, que repudiou as repreensões de sua única grande aliada, a China, e leva adiante seus programas nuclear e de mísseis, afrontando sanções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

O Rodong Sinmun, jornal oficial do governista Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte, não mediu as palavras.

"No caso de nosso ataque preventivo superpoderoso ser lançado, irá eliminar completa e imediatamente não só as forças de invasão imperialistas dos EUA na Coreia do Sul e nas áreas circundantes, mas os EUA continentais, e reduzi-los a cinzas", disse.

A reclusa Coreia do Norte ameaça destruir o Japão, a Coreia do Sul e os EUA com frequência e não refreou sua agressividade nem mesmo depois de um teste de míssil fracassado no domingo, um dia depois de fazer uma grande exibição de mísseis durante um desfile na capital.

"Estamos analisando toda a situação da Coreia do Norte, tanto em termos do patrocínio estatal ao terrorismo quanto outras maneiras pelas quais podemos pressionar o regime de Pyongyang a se reengajar conosco, mas se reengajar conosco em uma condição diferente do que conversas passadas proporcionaram", disse Tillerson a repórteres em Washington na quarta-feira (19).

O vice-presidente norte-americano, Mike Pence, que faz uma viagem por aliados asiáticos, disse mais de uma vez que a "era de paciência estratégica" com a Coreia do Norte acabou.

O presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Paul Ryan, disse durante uma visita a Londres que a opção militar deve ser parte da pressão por resultados.

"Permitir que este ditador tenha este tipo de poder não é algo que nações civilizadas podem permitir que aconteça", afirmou ele em referência a Kim.

Ryan disse ter ficado animado com os resultados dos esforços chineses para reduzir a tensão, mas que é inaceitável Pyongyang ser capaz de atacar aliados com armas nucleares. (Reportagem adicional de Lesley Wroughton em Washington, William James em Londres, Michelle Nichols nas Nações Unidas, Idrees Ali em Riad, Ben Blanchard em Pequim e Kim Do-gyun em Gunsan, Coreia do Sul)