Neonazista que matou ativista nos EUA é condenado à prisão perpétua
Alegando "risco grande demais" com uma eventual soltura, um juiz federal dos Estados Unidos sentenciou à prisão perpétua o autodenominado neonazista que matou uma mulher ao avançar com seu carro contra um grupo de manifestantes em Charlottesville, na Virgínia, em seguida a uma manifestação de supremacistas brancos.
O neonazista James Fields, de 22 anos, natural do Ohio, não terá a possibilidade de liberdade condicional. Ele tentou amenizar sua sentença, pedindo desculpas após a corte assistir ao vídeo em que ele avança com o carro contra a multidão. O incidente ocorreu em 12 de agosto de 2017. Outras 30 pessoas ficaram feridas.
O juiz Michael Urbanski não se comoveu com o pleito do condenado, afirmando que precisou desviar os olhos enquanto os presentes assistiam ao vídeo do ataque, que mostra corpos voando enquanto Fields os atingia com seu carro.
"Apenas assistir a eles foi aterrorizante", disse Urbanski. "A soltura do réu na sociedade livre é um risco grande demais".
A manifestação em Charlottesville marcou a ascensão da chamada "alt-right" nos EUA, uma ampla aliança entre grupos marginais defensores do nacionalismo branco e encorajados pela eleição do presidente Donald Trump em 2016.
(Por Gary Robertson)
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