Violência coloca Hong Kong "à beira do colapso total", diz polícia
A polícia de Hong Kong disparou gás lacrimogêneo no centro do distrito comercial da cidade e em duas universidades, hoje, para interromper protestos pró-democracia, que disse estarem colocando o local sob controle chinês "à beira do colapso total".
Os confrontos ocorreram um dia depois de a polícia balear um manifestante à queima-roupa e um homem ser coberto de gasolina e incendiado, em alguns dos piores episódios de violência na ex-colônia britânica em décadas.
Uma manifestação relâmpago de mais de 1 mil manifestantes, muitos usando trajes de escritório e máscaras, se reuniu no distrito comercial pelo segundo dia seguido durante a hora do almoço, interditando ruas abaixo de alguns dos maiores arranha-céus da cidade e de algumas de suas propriedades mais caras.
Depois que eles se dispersaram, a polícia disparou gás lacrimogêneo contra os manifestantes remanescentes na antiga e estreita rua Pedder. A polícia prendeu mais de uma dúzia de pessoas, muitas delas prensadas na calçada contra a parede da joalheria de luxo Tiffany & Co.
Mais tarde a polícia isolou a rua Pedder, que estava calma quando funcionários de escritório começaram a ir para casa.
"Nossa sociedade foi levada à beira do colapso total", disse um porta-voz da polícia em um informe, referindo-se aos dois últimos dias de violência.
O porta-voz disse que "arruaceiros" mascarados cometeram atos "insanos", como atirar lixo, bicicletas e outros destroços em trilhos do metrô e em linhas de energia suspensas, paralisando o sistema de transportes.
Ele disse que o estado do homem incendiado na segunda-feira ainda é grave e apelou por mais informações sobre os responsáveis.
Ainda ontem, a polícia lançou vários cilindros de gás lacrimogêneo em Central, onde alguns manifestantes bloquearam ruas ladeadas de bancos e joalherias. A maioria não abriu as portas nesta terça-feira.
A polícia também usou gás lacrimogêneo na Universidade da Cidade em Kowloon Tong, abaixo de Lion Rock, e na Universidade Chinesa, do outro lado da montanha, onde manifestantes lançaram coquetéis molotov e tijolos contra a polícia.
Na Universidade da Cidade, manifestantes armazenaram coquetéis molotov e tijolos nas pontes e outros pontos de acesso e estavam fabricando pequenos artefatos com pregos, aparentemente para furar pneus.
Tijolos, outros destroços e pequenas fogueiras se espalhavam pelas ruas dentro e fora da entrada do campus da Universidade Chinesa enquanto a polícia continha alguns manifestantes no solo.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.